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Economia

Dólar no mercado informal de Luanda segue nos 430 kwanzas

O preço para comprar um dólar norte-americano nas ruas de Luanda iniciou 2018 nos 430 kwanzas, cotação praticamente inalterada, apesar da iminente depreciação da moeda nacional, com a introdução do regime de taxa de câmbio flutuante.

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A cotação, que a Lusa constatou esta Sexta-feira numa ronda pelo mercado informal da capital, compara com a da primeira semana de 2017, quando o dólar atingiu o máximo de vários meses, nos 500 kwanzas, descendo, já após as eleições, para os 370 kwanzas.

Para comprar um euro, o mesmo mercado de rua em Luanda cobra actualmente 510 kwanzas, também estável face à semana anterior, valores que compara com as taxas de câmbio oficiais, definidas pelo Banco Nacional de Angola (BNA), fixa há mais de um ano e meio nos 166 kwanzas por cada dólar e nos 186 kwanzas por cada euro.

Nos últimos dias têm surgido relatos de operações policiais em áreas da capital conhecidas pela venda de divisas, nomeadamente no bairro dos Mártires de Kifangondo, zona do centro de Luanda apelidada de "Wall Street dos Mártires", dada a quantidade de dólares transaccionados, normalmente à vista de todos, diariamente.

Nesta zona da cidade a Lusa já não conseguiu encontrar esta Sexta-feira quem vendesse dólares ou euros, numa altura em que se mantém a falta de divisas aos balcões dos bancos comerciais, sendo o mercado de rua, para muitos, a única alternativa para aceder a moeda estrangeira.

No caso dos bairros da Mutamba, Maculusso e São Paulo, praticamente todos transaccionam esta Sexta-feira cada nota de dólar até aos 430 kwanzas, conforme a Lusa constatou.

Esta cotação, em alta, é explicada com a possibilidade de uma desvalorização real do kwanza a curto prazo e, sobretudo, o aumento da fiscalização policial às kinguilas, como são conhecidas as mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas.

Só a falta de moeda nacional para completar as transacções está a travar uma subida mais acentuada, explicam.

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