De acordo com uma nota daquela empresa, especializada neste tipo de obra, os trabalhos, avaliados em cerca de 435 milhões de dólares e encomendados pelo Governo, envolvem a conquista ao mar daquela área, posteriormente a proteger com "vários revestimentos de rocha e quebra-mares".
"A nova área servirá para a construção da via rápida da Marginal da Corimba, o futuro porto, marina e para desenvolvimento imobiliário. A rocha necessária para o projecto será extraída das pedreiras locais", refere a informação da Van Oord, a que a Lusa teve acesso.
Em causa está um contrato para a obra de dragagens, remoção de terra e protecção da costa da marginal da Corimba, adjudicado em 2016, por despacho presidencial, ao consórcio formado pelas empresas Urbeinveste Projetos Imobiliários, da empresária Isabel dos Santos e a Van Oord Dredging and Marine Contrators.
A informação da empresa holandesa acrescenta que o projecto Marginal da Corimba visa "revitalizar a área de Samba, Corimba e Futungo de Belas "com o objectivo de melhorar a qualidade de vida da população", numa província com quase sete milhões de habitantes e onde o trânsito diário é caótico, sobretudo entre o centro e a periferia.
"Contribuirá para uma melhor acessibilidade da cidade de Luanda, bem como para ajudar a resolver os desafios da urbanização, de forma sustentável", assegura a empresa holandesa, sobre esta empreitada, a concluir até "meados de 2019".
"O número crescente de habitantes e veículos exige a expansão da cidade de Luanda e soluções para aliviar os problemas de congestionamento actual", reconhece ainda a Van Oord.
A Lusa noticiou a 23 último que o banco holandês Ing vai financiar com mais de 430.462.193 dólares o projecto público de reabilitação da Marginal da Corimba, em Luanda, segundo um despacho presidencial que autoriza o negócio.
O despacho, de 14 de Novembro e ao qual a Lusa teve acesso, refere tratar-se de um projecto público que visa garantir a valorização da preservação da zona costeira e reforçar as acessibilidades ao centro de Luanda, nomeadamente para "solucionar os problemas de congestionamento e dificuldade de circulação".
A intervenção na Corimba envolve uma segunda empreitada, que consiste na construção propriamente dita de reabilitação e acessibilidades, a realizar em consórcio pelas empresas Landscape e China Road and Bridge Corporation Angola, por 690,1 milhões de dólares.
Para retirar pressão ao transporte rodoviário em Luanda, o Governo está a criar corredores específicos para autocarros, reforçando também a oferta de transporte público através de linhas de catamarãs até ao centro da capital.
Está também prevista a implementação do Metro Ligeiro de Superfície da marginal da Corimba.