"Foi com um profundo sentimento de pesar que tomei conhecimento do falecimento do nacionalista Brito Sozinho, cuja trajectória de vida é um exemplo de dedicação e entrega à causa da Pátria angolana", refere João Lourenço, na sua mensagem de condolências direccionada à família do nacionalista.
"Muito jovem ainda, abandonou o país para se juntar a quem no exterior desenvolvia actividades a favor da luta de Libertação Nacional", lê-se ainda na mensagem, divulgada pelo CIPRA e a que o VerAngola teve acesso.
João Lourenço destaca ainda a carreira diplomática de Brito Sozinho: "Depois da independência desenvolveu uma activa carreira diplomática, tendo sido embaixador em numerosos países africanos e nos países nórdicos da Europa".
"Expresso os meus sentimentos a toda a família enlutada e a todos os seus amigos e companheiros de jornada nas várias frentes em que actuou", conclui o Presidente da República.
No percurso desta que é uma figura proeminente do MPLA destaca-se o facto de ter sido um dos criadores do Movimento Estudantil Revolucionário Angolano no estrangeiro, na década de 60.
Segundo a Angop, Brito Sozinho teve um papel activo na luta da libertação desde 1959, quando com somente 18 anos criou, em conjunto com outras pessoas, o Clube Desportivo Ginásio, que se tratava de um grupo de estratégia de massas relacionado ao MPLA com foco na formação política e promoção cultura entre jovens.
Ainda na vida política, na época pós-independência, o nacionalista fez parte do grupo que fundou o Ministério das Relações Exteriores e foi embaixador em países como Tanzânia, Suécia, Guiné-Bissau, Moçambique, etc.
Além da política, também esteve ligado à música, tendo, em 1962, feito parte do grupo musical Kimbandas do Ritmo, que gravou um álbum em 1972 na Finlândia, escreve a Angop.