Segundo o documento, a que a Lusa teve acesso, além de concentrar a actividade, este gabinete vai incorporar os profissionais ao serviço dos gabinetes de imprensa dos vários órgãos e departamentos ministeriais, impedindo o desempenho da actividade de assessoria por jornalistas, uma prática habitual em Angola.
"Aos quadros que integram o GCII é vedado em absoluto o exercício da profissão de jornalista, bem como actividade de ‘freelancer', analista de programas, emissor particular de opiniões, colaboração ou participação como efectivo de qualquer debate e tratamento de matérias jornalísticas (...)", lê-se no mesmo decreto assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos.
A criação do GCII, incorporando todos os gabinetes de imprensa dos órgãos públicos, surge, lê-se no documento, pela "necessidade de se reforçar a divulgação das acções dos órgãos e serviços da administração pública do Estado, através de informação especializada".
"Havendo necessidade de se criar um serviço de especialidade em comunicação institucional e imprensa nos departamentos ministeriais, governos provinciais e demais serviços da administração pública", refere ainda o documento.
O novo gabinete terá como funções apoiar os departamentos ministeriais e governos provinciais nas áreas de comunicação institucional e imprensa e na elaboração dos planos de comunicação "em consonância com as directivas estratégicas emanadas pelo Ministério da Comunicação Social e o GRECIMA [Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração, afecto à Presidência]".
Apresentar "planos de gestão de crise", elaborar discursos e mensagens para os titulares dos respectivos órgãos, organizar eventos institucionais ou desenvolver campanhas de publicidade são, entre outras, responsabilidade do novo GCII, tutelado pelo Ministério da Comunicação Social e supervisionado pelo GRECIMA.