Os números foram divulgados hoje, em Luanda, pelo ministro da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kussumua, na abertura de uma reunião multissectorial para iniciar a definição de uma estratégia de combate à situação.
De acordo com o governante, só o Instituto Nacional da Criança (INAC) recebeu em todo o ano de 2015, em termos nacionais, 2064 denúncias de violação dos direitos da criança, um aumento de mais de 300 queixas face ao 2014.
"A realidade actual demonstra um crescente índice dos actos de violência, particularmente no que diz respeito aso abusos sexuais contra menores", apontou João Baptista Kussumua.
Casos relacionados com a fuga à responsabilidade paternal lideram a lista de queixas formais de violações dos direitos das crianças (913), seguido de situações de não-reconhecimento da paternidade (201) e de negligência dos pais (77).
Há ainda registo de 130 queixas formalizadas junto do INAC por abusos sexuais de menores, em todo o ano de 2015.
"Estes números são bastante altos, mas representam uma pequena parte do problema sendo que globalmente o número é muito maior", apontou João Baptista Kussumua, defendo a necessidade de avançar rapidamente com uma estratégia de combate à violência contra as crianças.