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Construção

A primeira das 20 torres que vão nascer na marginal de Luanda será um hotel

O primeiro edifício do futuro Centro Financeiro de Luanda, que terá 20 torres de 37 andares cada, já está em construção e vai servir para receber uma unidade de um grupo hoteleiro internacional.

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A informação foi transmitida em entrevista à Lusa por Miguel Carneiro, administrador da sociedade Baía de Luanda, entidade responsável pela reabilitação daquela área da marginal da capital angolana, iniciada em 2009, referindo-se à primeira de três parcelas de terrenos conquistados ao mar.

"Já temos o primeiro edifício em construção, está a terminar a fase das fundações, e que será para hotel, alguns escritórios e restauração. O promotor, responsável pelo investimento, não nos revelou a marca do hotel, sabemos que ainda está a negociar com várias. Mas será seguramente uma marca internacional", disse.

Neste processo, a Baía de Luanda garantiu os trabalhos de requalificação e a infra-estruturação das três parcelas de terreno, duas das quais do lado da cidade capital, unidas por uma marginal de 3,1 quilómetros, cabendo a construção e o investimento respectivo aos promotores.

Esta primeira parcela, com nove hectares e localizada junto ao porto de Luanda, conta com 20 lotes de terreno para receber outros tantos edifícios, em média com 37 andares e 18.000 metros quadrados (m2) cada, sendo que 70 por cento do total desta área, que além de escritórios e centros financeiros prevê também alguma habitação de luxo, já está vendida a vários investidores.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com 1,8 milhões de barris de crude por dia, e uma das principais economias do continente.

"Os promotores têm um prazo que pode ir até três anos para começarem a construir. Precisam de tratar dos projectos, dos financiamentos e outras necessidades", explicou o administrador daquela sociedade, que resulta de uma parceria público-privada, envolvendo o Estado e bancos angolanos, para promover a requalificação de toda a marginal de Luanda, visível desde 2012.

O futuro centro financeiro pretende atrair sedes de empresas e os principais escritórios para aquela área da marginal, concluindo desta forma o processo de requalificação.

No outro extremo, na entrada da ‘ilha' de Luanda, uma segunda parcela, com seis hectares, vai receber um centro de escritórios com cinco edifícios de 14 andares, quatro para escritórios e um para habitação, todos já em construção.

"Esta parcela foi vendida a 100 por cento a um promotor e já está em construção. Tem um conjunto de infra-estruturas partilhadas e dentro de quatro anos estarão concluídos os edifícios, dado que estamos a falar de uma área bruta de construção de 100.000 m2", sublinha Miguel Carneiro.

A terceira parcela tem 27 hectares e está localizada num outro ponto da baía, na ‘ilha' de Luanda, sobretudo para receber habitação de luxo, com 58 edifícios com oito a 14 andares.

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