“Estamos a falar de uma média de preços de 300 mil dólares, o que é hoje totalmente impensável num contexto angolano, onde os imóveis com este preço são os que ficam a vários quilómetros de distância do centro da cidade e com problemas de acessibilidade. O que queremos fazer é promover a baía de Luanda como o melhor espaço para se viver”, explica à Rumo, Miguel Carneiro, CEO da Baía de Luanda.
“O que podemos então esperar do projecto Baía de Luanda em 2016?”, é a pergunta que se impõe. “Neste momento estão em construção quatro edifícios na parcela da ilha [onde estava situado o antigo Hotel Panorama] e outro edifício na parcela do futuro centro financeiro [junto ao Hotel Presidente].”
O desafio agora é manter a dinâmica da atractividade de investimento nos activos da Baía de Luanda “e nesse contexto a Sociedade Baía de Luanda está a trabalhar em várias iniciativas que se enquadram no contexto macroeconómico angolano conhecido de todos e que tem menos liquidez. Portanto, a meta é tentar fraccionar activos para que possam enquadrar-se no mercado de consumo”.
Com este contexto macroeconómico, “temos de fazer um maior esforço para colocarmos o produto da Baía de Luanda em Angola”. Foi preciso reinventar o modelo de negócio para manter a atractividade, diz o CEO. “A estratégia será consolidar a baía de Luanda no mercado de Luanda e no mercado angolano como um sítio para se viver em alternativa aos outros em termos de localização, qualidade e a um preço que se adeqúe ao contexto que Angola está a viver neste momento”.