O algodão que começa a ser vendido esta Quinta-feira, segundo a Rádio Nacional de Angola (RNA), é fruto de uma segunda produção depois de ter sido (re)lançado, em 2022, na Baixa de Cassanje.
O ano passado, esta que é uma iniciativa do grupo Al Kaal Angola contou com o envolvimento de 40 famílias camponesas. No entanto, este ano, o número subiu para os três dígitos, com 113 famílias a estarem envolvidas na produção de 100 toneladas do 'ouro branco'.
Contudo, a ambição é, de acordo com Jorge Amaral, passar das centenas para a casa dos milhares: "O ano passado 40 famílias, este ano já foram 113, 89 hectares, maneira que já começámos a fazer experimentos com este algodão na nossa fábrica, na Textang, mas obviamente isto é o começo de uma grande operação, é chegar aos 15 mil pequenos camponeses (...) e dar auto-suficiência do algodão produzido na Textang", disse, citado pela RNA.
O presidente do grupo fez ainda saber que a empresa pretende avançar com investimentos na ordem dos 40 milhões de dólares, tendo em vista proporcionar cerca de 400 mil empregos.
"Chegar aos 10 milhões de metros de tecido e criar 400 mil postos de trabalho de costureiras em todo o país. O total do investimento será à volta de 40 milhões de dólares", avançou.
"Importamos matéria-prima da Nigéria, do Senegal, da Costa da Marfim, e maneira que a ideia é começar a substituir estas importações com algodão nacional", disse Jorge Amaral, que, citado pela RNA, acrescentou que serão "muito mais competitivos quando o algodão for produzido em Angola".