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Ministro da Defesa em reunião africana para analisar situação no Zimbabué

O chefe da diplomacia disse que Angola está a acompanhar com "muita preocupação" a situação no Zimbabué e está empenhada em encontrar uma solução, com o ministro da Defesa a participar numa reunião regional sobre o assunto.

Philimon Bulawayo:

Manuel Augusto, que se encontra em Washington, Estados Unidos da América, a participar numa conferência internacional de comércio, segurança e governação de África, disse que o ministro da Defesa, Salviano Sequeira, participou Quinta-feira, no Botsuana, numa reunião ministerial da troika, conjuntamente com a África do Sul, a Zâmbia e outros países.

Segundo o ministro das Relações Exteriores, o país, na qualidade de presidente do órgão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para a Política e Defesa, está empenhada em tentar saber o que de facto se passa e contribuir para uma solução, que salvaguarde o funcionamento das instituições e evite a violência.

O governante referiu que está em contacto com a embaixada de Angola naquele país e a informação é de que "não há notícias de violência" com os cidadãos angolanos e o corpo diplomático.

Sobre o Presidente do Zimbabué, a informação é de que "está bem, está confinado na sua residência".

"O Presidente Zuma terá tido contactos com ele e, portanto, a sua segurança não está em causa", disse Manuel Augusto, em declarações à rádio pública.

O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, na qualidade de presidente da SADC, convocou uma reunião de urgência da organização regional para analisar a crise político-militar no Zimbabué.

A reunião decorreu em Gaborone, capital do Botsuana, estando prevista a participação dos chefes da diplomacia de Angola, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia e do presidente do Conselho da SADC.

Até agora, ninguém utilizou a frase "golpe de Estado" para definir uma crise iniciada com a tomada das ruas da capital pelas forças armadas, que mantêm o Presidente e a mulher, Grace, em regime de prisão domiciliária, além de terem detido vários ministros.

Um porta-voz das Forças Armadas negou tratar-se de um golpe de Estado militar, limitando-se a indicar que a operação visa “deter criminosos” ligados a Mugabe.

Segundo os meios de comunicação social locais, os militares prenderam pelo menos três ministros com ligações às aspirações políticas da "primeira-dama", Grace Mugabe, que pretende candidatar-se à vice-presidência, após o marido, Robert Mugabe, ter destituído desse cargo Emmerson Mnangagwa.

A crise foi desencadeada precisamente pela exoneração do vice-presidente, tido como um incondicional do partido no poder (ZANU-PF) e veterano de guerra, previsível sucessor de Mugabe, actualmente com 93 anos e no poder desde que o país acedeu à independência, em 1980.

Informações oficiosas provenientes da vizinha África do Sul dão conta de que Mnangagwa está a negociar com a oposição zimbabueana e com os veteranos de guerra um governo de transição até às eleições de 2018.

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