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Petrolíferas pedem a PR medidas para melhorar competitividade do sector

As petrolíferas que operam no país defenderam, numa reunião com o novo Presidente, João Lourenço, medidas para melhorar a competitividade do sector, face aos países concorrentes.

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A informação surge num comunicado da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), concessionária estatal do sector petrolífero, que também participou na reunião, convocada pelo chefe de Estado, que assumiu o cargo a 26 de Setembro.

Segundo a Sonangol, esta reunião surge na sequência de uma exposição feita pelas operadoras ao Presidente, na qual "identificavam várias questões relacionadas com as suas estratégias de investimento e operações em Angola e relevantes na continuidade do desenvolvimento do sector petrolífero".

Um desses pontos prende-se com a "melhoria das condições fiscais e competitivas" oferecidas por Angola aos investidores, "quando comparadas com o México, Brasil ou Nigéria".

"Neste âmbito, a Sonangol já havia encomendado um estudo comparativo sobre os vários países produtores de petróleo, em particular sobre esta matéria, no sentido de apoiar o Governo, na tomada de decisões que posicionem Angola num patamar internacional mais competitivo", recorda a petrolífera, liderada por Isabel dos Santos.

No documento apresentado pelas operadoras, "o excesso de burocracia no sector", é outro elemento apontado como "desfavorável ao desenvolvimento da indústria". Para corrigir este cenário, já foi anteriormente constituída uma equipa de trabalho conjunta, formada pelo Ministério dos Petróleos e que inclui o Ministério das Finanças e a Sonangol.

Contudo, a concessionária estatal garante ter alcançado com os operadores "aumentos significativos da competitividade da indústria petrolífera nacional" e que os custos de produção por barril caíram 48 por cento de 2014 a 2016, além de "esforços de racionalização de custos e investimentos liderados pela Sonangol" que resultaram em "poupanças adicionais" de 1700 milhões de dólares em 2017.

O custo médio de produção de petróleo em Angola para 7,62 dólares por barril em 2016, mas a Sonangol já admitiu anteriormente que é necessário cortar mais nestes custos, numa altura em que o país produz cerca de 1,6 milhões de barris de crude por dia.

A petrolífera sustenta que "reforçando o alinhamento com as preocupações" dos restantes operadores, e "antecipando algumas soluções", a Sonangol procedeu à revisão dos seus estatutos, eliminando "um nível na pirâmide das aprovações", para tornar "mais célere" o processo de análise e aprovação de dossiês.

A gestão da concessionária, a revisão dos antigos processos de aprovação, "existentes há décadas na empresa" e a substituição do ex-presidente da comissão executiva, que tinha a responsabilidade pela gestão da concessionária e pela relação com as operadoras, são "áreas críticas de melhoria" assumidas pela Sonangol.

A petrolífera estatal garante que tem vindo a trabalhar com os operadores na identificação de "novas oportunidades de investimento" e que apesar da "redução do investimento" no sector que também afecta Angola, "continuam a existir oportunidades muito interessantes em óleo e gás" e que são "suficientes para manter os níveis de produção com rentabilidade atractiva num horizonte bastante longo".

"O investimento nestas oportunidades passa acima de tudo, na opinião da Sonangol, por uma melhor gestão dos custos e dos projectos na indústria", garante a petrolífera liderada por Isabel dos Santos, em processo de reestruturação e com a "missão de aumentar as receitas para o Estado angolano".

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