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Transportes

Extinta empresa pública criada há 40 anos para gerir oficinas de autocarros do país

O Governo aprovou a extinção da empresa pública ABAMAT, criada após a independência de Angola com o objectivo de gerir as oficinas de autocarros e armazéns de peças do país, face à sua "degradação física e económica".

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A decisão, concretizada por decreto presidencial de 3 de Agosto, a que a Lusa teve acesso Quarta-feira, surge três anos depois de o próprio chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, ter inaugurado nos arredores de Luanda, após um investimento de 3,5 milhões de dólaress, o Centro Oficinal e Armazém Central de Peças de Viana da ABAMAT.

O processo de liquidação da empresa "deve ser concluído no prazo de seis meses", ficando ainda definido no mesmo documento que os activos da ABAMAT serão integrados na empresa pública TCUL (Empresa de Transporte Colectivo Urbano de Luanda).

A opção pela liquidação é justificada por o Governo estar "a adoptar políticas extensivas a todas as áreas e projectos estratégicos de natureza pública que visam a racionalização das despesas" e "tendo em conta que a situação operacional, económica e financeira" da empresa TCUL "exige uma especial e urgente reestruturação de forma a encontrar soluções para os seus problemas".

"Considerando que a empresa ABAMAT SA apresenta sinais evidentes de degradação física e económica com resultados negativos e custos acrescidos aos cofres do Estado", justifica ainda o decreto assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos.

Em 1978, a ABAMAT, enquanto empresa de abastecimento técnico criada pelo Ministério dos Transportes, integrou todas as instalações administrativas e comerciais, bem como a força de trabalho correspondente de empresas como Autocal, Movauto, Trevauto, Auto-Parts e Unidauto, criadas no tempo colonial português, nacionalizadas três anos antes.

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