Manuel Vicente lançou a primeira pedra para a construção da infraestrutura, a ser edificada nos próximos dois anos, no distrito urbano da Maianga, numa área de sete mil metros quadrados.
A nova morgue central de Luanda compreenderá áreas de autópsia e descontaminação dos corpos, três salas de famílias, sala de orações, instalações sanitárias, área de preparação de cadáveres, quatro salas de visualização, estacionamento e área administrativa.
No seu discurso, o ministro da Saúde Luís Gomes Sambo, lembrou que a actual morgue de Luanda, com uma capacidade de acondicionamento para 130 cadáveres, mantém a mesma capacidade dos tempos quando a província tinha menos de um milhão de habitantes, actualmente com seis milhões.
"O crescimento demográfico da província de Luanda exige o redimensionamento desses serviços, a fim de permitir um tratamento mais condigno aos cadáveres e um acolhimento mais afectuoso das respectivas famílias e amigos", disse o ministro.
Luís Gomes Sambo salientou que a capital conta ainda com necrotérios existentes em hospitais e outros locais expressamente criados para este efeito.
"A nova morgue central de Luanda servirá para conservar cadáveres temporariamente, enquanto se procede à sua identificação ou se aguarda a sua entrega às famílias, para efeitos funerários", avançou o ministro.
Segundo o governante, a nova infraestrutura terá a atribuição acrescida de investigar e esclarecer as causas morte, contribuindo assim para o desenvolvimento dos serviços de necropsia clínica e formação de médicos patologistas nos hospitais terciários, bem como o desenvolvimento dos serviços de necropsia forense e formação de médicos legistas.
Acrescentou que no domínio forense, o Ministério da Saúde irá colaborar com o Serviço de Investigação Criminal.
Este projecto deverá contar ainda com uma componente "importante e adequada", de acordo com o titular da pasta da Saúde, de formação de recursos humanos especializados para que se produza os resultados preconizados pelo executivo.