A posição foi expressa pelo ministro do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Job Graça, que procedeu à assinatura do acordo com o representante da União Europeia em Angola, Tomas Ulicný.
No seu discurso, Job Graça referiu que os sectores de intervenção, designadamente a agricultura, pecuária, pescas, construção civil, logística e transportes, ambiente e gestão de águas e de resíduos sólidos, vão permitir o aumento da produtividade, com mão de obra mais qualificada.
Job Graça destacou ainda como vantagens maior geração de rendimento, sustentabilidade e inclusividade no processo de crescimento de Angola.
"Deste modo podemos concluir que este projecto terá um impacto positivo no processo de desenvolvimento sustentável do país e sê-lo-á ainda mais se nós tivermos êxito na implementação da sua primeira fase", a ser executada nas províncias de Benguela, Huambo, Huíla, Luanda, Moxico e Uíge.
Segundo o governante, determinou a escolha dessas seis províncias a sua relevância nos sectores de intervenção, o facto de todas juntas deterem cerca de dois terços da rede dos sistemas de ensino médio técnico e formação profissional e cerca de 80 por cento das empresas.
"Dada a contribuição substancial que este projecto, em termos potenciais, pode dar para o desenvolvimento sustentável de Angola, gostaríamos de saudar e agradecer a União Europeia, manifestando-lhe o nosso total compromisso com a manutenção e aprofundamento da mútua e benéfica parceria entre Angola e a União Europeia", disse o ministro.
Por sua vez, o representante da União Europeia em Angola, Tomas Ulicný, disse que o apoio da organização no sistema de educação e formação profissional irá contribuir para o fortalecimento das estruturas nacionais de ensino e formação profissional e de emprego.
O embaixador europeu referiu ainda que o projecto vai trazer melhorias na qualidade do sistema de educação, assegurando que os formados adquiram conhecimentos, competências e atitudes relevantes e apropriadas às necessidades da economia.
"Acreditamos que isto constitui uma valiosa ferramenta para Angola na sua caminhada rumo ao desenvolvimento sustentável inclusivo. Que abarque os membros mais vulneráveis da sociedade no processo da criação de riqueza", disse, reiterando o apoio da União Europeia aos parceiros do projecto.
Em declarações à imprensa, o ministro da Educação de Angola, Mpinda Simão, que também esteve presente no acto, referiu que o projecto foi preconizado pelo seu ministério, que tem como objectivo ajudar no reforço das competências sobretudo de gestão dos professores do ensino técnico profissional e da formação profissional.
"Além disso o projecto vai ajudar a estabelecer a ponte que deve existir entre os que formam e os que empregam, para que haja interacção e surgirem subsídios necessários para melhorar a formação e facilitar a integração no mercado de trabalho", disse.
O projecto, a ser desenvolvido em cinco anos, é comparticipado com fundos comunitários e terá a gestão indirecta de agências de cooperação dos Estados-membros, casos do Instituto Camões e do France Expertise.
A União Europeia disponibilizou em 30 anos de cooperação com Angola mais de 1,05 mil milhões de dólares e prevê para os próximos cinco anos dotar mais 200 milhões de dólares para vários projectos, com destaque para a agricultura sustentável.
