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Defesa

Desmantelada em Luanda rede suspeita de raptos e violações

Os Serviços de Investigação Criminal (SIC) anunciaram a detenção de um grupo de homens que supostamente se dedicavam ao rapto e violação de raparigas, numa via rápida nos arredores de Luanda.

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As autoridades policiais conseguiram chegar ao grupo através da denúncia de uma das vítimas, que apresentou queixa, ajudando a identificar um dos integrantes do grupo que actuava na via rápida a Fidel Castro.

Segundo o director do laboratório central de criminalística, Brito de Almeida, o grupo raptava as vítimas, levando-as posteriormente para a periferia, nomeadamente quintas abandonadas onde eram alegadamente violadas.

O responsável explicou que num dos casos foi raptada uma mulher grávida que, depois de se terem apercebido da sua condição, foi abandonada numa das valas da auto-estrada, duas semanas depois do sequestro.

"Foi apanhando o grupo, entre eles estava inclusive um polícia, a rede foi apanhada e os carros foram recuperados, porque os automóveis (que utilizavam) também eram roubados para fazer o assalto", disse Brito de Almeida, em declarações à rádio pública.

Brito de Almeida sublinhou que estes casos têm sido registados um pouco por toda a província de Luanda e muitas das ocorrências têm sido objecto de processos separados.

O director do laboratório criminal sublinhou igualmente a importância do centro de perícia balística, tendo em conta que a maior parte dos crimes são cometidos com recurso à arma de fogo.

"Temos tido muito êxito, porque a maior parte, 89 por cento dos casos que nos chegam para solicitação de perícia tem dado valores positivos", disse Brito de Almeida, salientando que os exames detectam que uma arma é utilizada em vários crimes em diferentes bairros da cidade e até mesmo noutras províncias.

Por sua vez, a ministra da Família e Promoção da Mulher, Filomena Delgado, disse que há mais redes deste tipo no país, que precisam de ser desmanteladas. "Esta não é a única, tem havido vários casos de tráfico de jovens, nós enquadramos esta prática de escravatura sexual no âmbito da violência sexual, à luz da declaração da violência isto é considerado tráfico para fins de prostituição", disse a ministra, avançado que está em fase final um estudo sobre o assunto.

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