O programa de governação, apresentado pelo líder do partido e cabeça-de-lista concorrente à eleição por via indirecta ao cargo de Presidente da República nas eleições de 23 de Agosto, Lucas Ngonda, defende a Reforma do Estado, a manutenção da forma Republicana e da Laicidade do Estado, bem como a consolidação do Estado Democrático e de Direito e Reformas Sociais.
A definição de uma Política Cultural para Angola enquanto país africano, a consolidação do Processo de Reconciliação Nacional, as Reformas Económicas do país e a Revisão da Política Externa são os restantes eixos do programa de governação da quarta força política da oposição.
O documento sublinha que Angola é um país saído "das convulsões sociais resultantes de erros de escolha ideológicas, ditada pelo clima de Guerra Fria, que dominou o século XX".
Até às eleições de 1992 vigorou em Angola o regime de partido único, com o país a ser liderado pelo MPLA.
"A FNLA entende que as eleições não são um jogo de promessas populistas irrealizáveis. É um compromisso que se assume perante um povo como pacto social que traz consigo a concretização das aspirações mais profundas do povo angolano", disse Lucas Ngonda.
O político lembrou que a FNLA, na luta de libertação - juntamente com o MPLA e a UNITA foi um dos três movimentos guerrilheiros contra o poder colonial português -, cumpriu o seu programa a curto termo com a ascensão de Angola à independência.
"Hoje trata-se de abordagem do seu programa maior a longo prazo, o qual seguirá as etapas essenciais pelas sucessivas gerações de patriotas", disse.
A aprovação de uma nova Constituição, a criação de um parlamento bicameral (Assembleia Nacional e Senado), em que o primeiro-ministro é o chefe o Governo, uma eleição separada do Presidente da República, a criação de um Conselho de Estado, que integrará entidades que exerceram altas funções no Governo ou que tenham prestado serviços relevantes à nação, bem como actuais reis (autoridades tradicionais) são algumas das propostas de governação da FNLA.