Ex-militares, mulheres rurais e jovens terão prioridade para formar as equipas, que serão supervisionadas, de preferência, por micro empresas locais, nas zonas de actuação das brigadas. Cada uma delas ficará responsável por um troço de 25 km de estrada.
O corte de capim, a limpeza dos órgãos de drenagem, taludes, bermas, reposição da sinalização horizontal e vertical, serão as principais actividades das brigadas, que, para além desses serviços, também cuidarão de detectar e prevenir o surgimento de ravinas, considerado como principal inimigo das estradas.
Segundo estudos técnicos realizados pelo FR, o trabalho permanente das brigadas pode reduzir em até 85 por cento os custos de conservação e manutenção das estradas. Com essa redução, os 27.000 dólares por km, consumidos com os serviços de preservação de uma estrada, podem baixar drasticamente.
Antes do lançamento do projecto, o FR criou quatro brigadas experimentais, cujas experiências serviram para aperfeiçoar o modelo a ser implementado em nível nacional. Essas equipas, com 20 brigadistas cada, actuaram durante seis meses, e cuidaram de 100 km da Estrada Nacional 100, na província do Bengo.
“Os impactos do projecto vão além dos ganhos obtidos pela redução dos custos de conservação das estradas”, afirmou o presidente do FR, Guido da Silva Cristóvão, em comunicado remetido ao VerAngola, destacando ainda a repercussão do projecto no âmbito social, uma vez que os serviços proporcionarão rendimentos às famílias e facilitarão a maior fluidez no intercâmbio entre a cidade e o campo e vice-versa.