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Ambiente

Grupo israelita investe 132 milhões para produzir fertilizantes no Zaire

A empresa Vale Fértil, subsidiária angolana do grupo israelita LR, prevê investir 132 milhões de dólares na instalação de uma unidade de transformação de fosfato na província do Zaire e uma produção anual acima das 330.000 toneladas de fertilizantes.

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De acordo com informação do Ministério da Geologia e Minas a que a Lusa teve acesso, o lançamento da primeira pedra do Projecto Integrado de Exploração e Transformação de Fosfato do Lucunga (PIETFL) decorreu Sexta-feira, na localidade de Lucunga, município do Tomboco.

O projecto é tido pelo Governo como prioritário, tendo em conta as avultadas necessidades de importação de fertilizantes e a aposta na agricultura no processo de diversificação da economia, profundamente afectada pela queda nas receitas com a exportação de petróleo.

Envolve uma área de concessão de 504 quilómetros quadrados, onde se estima a existência de 215 milhões de toneladas de rocha fosfatada e jazigos na ordem de 71 milhões de toneladas, com teores de fosfato a rondar os 10 por cento, de acordo com a mesma informação, que aponta ainda para um investimento privado na ordem dos 132 milhões de dólares até 2019.

"Tem como objectivos a exploração e a transformação de jazigos e rochas fosfatadas e respectivo tratamento para a produção de fertilizantes para o mercado interno e para exportação", explica o ministério liderado por Francisco Queiroz.

A mina deste projecto será implementada no Lucunga e as unidades de transformação mineral (calcinação e granulação) no Polo Industrial do Soyo, prevendo a produção de fertilizantes fosfatados a partir de 2019, com 330 mil toneladas e gerando receitas de 76 milhões de dólares e criação de aproximadamente 250 postos de trabalho destinados a angolanos e cerca de 50 a estrangeiros.

No pico da produção, a partir de 2022, serão garantidas 550 mil toneladas anuais, gerando receitas brutas superiores a 126 milhões de dólares.

"Para além de contribuir para reduzir a necessidade de importação de fertilizantes, o PIETFL irá criar um mercado interno de fertilizantes e permitir a exportação de fertilizantes fosfatados compostos", sublinha o Governo.

Dados de Julho de 2016 do Ministério da Agricultura apontavam para a necessidade de importação de 70.000 toneladas de adubos entre 2016 e 2017, com o Governo a defender a necessidade de instalação no país de uma indústria nacional de adubos e fertilizantes, tendo em conta o aumento da produção agrícola em perspectiva.

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