"Nós recebemos inúmeras solicitações de pessoas que querem empreender e solicitam apoio para negócios e muitas dessas pessoas não têm domínio de empreendedorismo, simplesmente dizem que querem fazer negócio e que precisam de apoio. Com esta formação, enquadramento dessas jovens na academia, vai-lhes dar mais capacidade de elas poderem, então, assim meter em prática aquilo que elas pretendem fazer já com maior conhecimento", apontou Maria António Luís que, citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA), acrecentou que "esta formação vai ser uma grande valia" para os formandos, no sentido de "terem a capacidade então de poderem empreender como deve ser".
Falando na cerimónia de lançamento do projecto Academia de Empreendedorismo de Luanda, a responsável disse que, numa primeira fase, vão ser abrangidas pela formação cerca de 300 pessoas: "Está previsto para 300 pessoas serem seleccionadas numa primeira fase. As cifras vão sair a partir dos distritos, às direcções, associações que também que já têm trabalhado connosco, então vamos fazendo cifras por cada essas áreas".
Em termos de critérios, esclareceu que serão escolhidas as pessoas que já apresentaram pedidos, aquelas que já possuem algum pequeno negócio, mas precisam de uma pequeno 'empurrão' e as associações que já são parceiras da academia.
"Critério são aquelas pessoas que, algumas delas, já têm solicitações aqui a nível do município, outras são aquelas que já têm alguma iniciativa, que já têm algum pequeno negócio, mas que precisam alavancar mais, que precisam de apoio e aquelas associações que também já são nossas parceiras e que já têm implementado projectos ao nível do município de Luanda e que nós vemos que são associações realmente com capacidade de gestão", apontou, citada pela RNA.
Aos futuros seleccionados, pediu empenho: "Para as pessoas que forem seleccionadas, o apelo que queremos deixar é que se empenhem, é que amanhã dêem frutos, para que este investimento que fizemos não seja em vão".
Já a directora geral da Academia Empreendedor de Luanda, Sandra Batalha, falou do funcionamento do processo. "Vai funcionar em articulação com parceiros quer seja de implementação, instituições financeiras bancárias e não bancárias e, de igual modo, vai funcionar também com os órgãos de administração local do Estado, nomeadamente municípios, porque entendemos que é ali onde residem as empreendedoras", afirmou.
"A nossa vinda à Administração Municipal de Luanda a convite da administradora Milca Caquesse, representa a vontade de termos os municípios como parceiros e como principal fonte de beneficiárias ao programa. No âmbito do programa 'AEL Mulher', nós temos estratificação de empreendedoras, temos aquelas que querem ser empreendedoras, temos as empreendedoras iniciantes, temos as experientes e temos as empreendedoras em expansão", acrescentou, citada pela RNA.
