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João Lourenço: “Eu cresci a andar pelos corredores de um hospital. Portanto, sei dar valor à saúde das pessoas”

O Presidente da República disse que a sua experiência pessoal de ter crescido “pelos corredores de um hospital” lhe permite “dar valor à saúde das pessoas”, tendo recordado que na sua infância viu “doentes em condições muito precárias” e que actualmente se encontra numa posição em que pode “ajudar a resolver este problema”.

: Facebook Presidência da República - Angola
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"Bom, meio a brincar, eu diria que isto é de filho de enfermeiro. Filho de enfermeiro tem que ter sensibilidade para com a saúde. Eu cresci a andar pelos corredores de um hospital. Portanto, sei dar valor à saúde das pessoas. Vi doentes em condições muito precárias na minha infância e isso ficou-me na mente. Por isso, hoje que estou numa posição em que posso ajudar a resolver este problema, de termos um Sistema Nacional de Saúde que funcione realmente, é a oportunidade de o fazer", disse João Lourenço, em declarações à imprensa no âmbito da inauguração do Hospital Geral de Viana.

O chefe de Estado disse ser uma convicção sua de que "podemos e devemos dar melhores condições de assistência médica e medicamentosa" aos cidadãos.

"Esta possibilidade existe e os resultados estão aí a demonstrar que, apesar das dificuldades de ordem orçamental, de ordem financeira, estamos a conseguir, paulatinamente, executar o amplo programa de construção ou reconstrução, reabilitação de unidades hospitalares nos três níveis, nas três categorias, desde o primário ao terciário", acrescentou.

"Às vezes fica a ideia de que nós só estamos a construir grandes hospitais, de 200 camas. No caso deste, até são 300. Mas essa ideia fica porque este nível de hospitais quase sempre é inaugurado pelo Chefe de Estado. E isso dá mais visibilidade. Mas nós estamos a prestar essa atenção a todos os níveis, com recursos do Orçamento Geral do Estado, com recursos de um programa específico que já é conhecido dos angolanos: recursos do PIIM [Programa Integrado de Intervenção nos Municípios]", apontou.

Salientou igualmente que estão a construir "as chamadas unidades de proximidade nos municípios mais recônditos" do país e que, no âmbito do PIIM se está a erguer "bastantes unidades hospitalares a esse nível do município e abaixo dele".

Contudo, referiu que "prestar atenção" a este sector não passa apenas por construir e equipar, havendo necessidade de se dar maior importância aos recursos humanos.

"Mas prestar atenção à Saúde não é apenas construir e equipar. Só com paredes e equipamentos, por mais modernos que estes sejam, não se presta a atenção aos pacientes. Isso só é possível se agregarmos à importância que damos às infra-estruturas, dermos igual ou maior importância ao Homem. O Homem que vai fazer com que a saúde dos angolanos que entrarem para esta unidade, ao fim de uma semana, ao fim de um mês, melhore consideravelmente", disse.

Na ocasião, recordou que estão a "admitir, anualmente, milhares de cidadãos angolanos, por via de concurso público, para o sector da Saúde – não apenas médicos, como enfermeiros, técnicos de diagnóstico – e a dar formação".

"Estamos a dar formação nestes hospitais de referência. Nós não temos ainda um hospital universitário. Vamos ter. Mas enquanto ele não chega, os hospitais de referência que já existem, como o Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, Materno Infantil Azancot de Menezes, Walter Strangway no Bié, o de Cabinda, este que acaba de ser inaugurado e o Hospital Militar, todos eles estão a funcionar como se de hospitais universitários se tratassem", disse, acrescentando que "o factor homem é fundamental" e não estão a "descurar esta parte".

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