A rede interbancária angolana contava em Dezembro de 2016 com 4.563.067 cartões válidos, ou seja registados na rede, dos quais apenas 2.294.415 estavam em situação que a EMIS considera como "activa", com "pelo menos um movimento no mês".
Em Janeiro, a rede contava já com 4.654.765 cartões válidos, mas o número de cartões em situação activa, portanto com movimentos, disparou para 3.585.496, um crescimento superior a 56 por cento no espaço de um mês.
Este crescimento acompanha uma tendência do Estado, mas também das empresas privadas, de processamento de salários e outros pagamentos por transferência bancária e, em simultâneo, com a retirada de circulação de grandes quantidades de dinheiro físico, priorizando operações electrónicas.
"Temos de mudar a nossa forma de usar e de lidar com dinheiro. Nos outros países raramente se usa a nota e nós queremos andar com um milhão ou dois milhões de kwanzas num saco de notas. Temos de reduzir o uso de notas", admitiu recentemente o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe.
Angola tinha em circulação, em Fevereiro, notas e moedas no valor de 435.659 milhões de kwanzas, uma nova quebra mensal, de quase 3 por cento e que se soma aos 10 por cento retirados em Janeiro, medida definida pelo BNA e que tem vindo a permitir a valorização da moeda nacional no mercado paralelo, travando ainda a inflação.
Em Dezembro de 2010, segundo a EMIS, existiam apenas 765.702 cartões multicaixa activos em Angola e no final de 2015 um total de 2.115.348.
Com estes cartões, as caixas ATM registaram em Janeiro mais de nove milhões de levantamentos, no valor de 113,6 mil milhões de kwanzas.
Em contrapartida, pela primeira vez nos registos disponibilizados pela EMIS, desde 2011, o número de caixas ATM disponibilizadas em todo o país caiu em Janeiro para 2889, menos 22 face a Dezembro.
