Eugénio Laborinho, que discursava na inauguração da cadeia de Cassosso, no Waco Kungo, província do Cuanza Sul, adiantou que o Executivo quer aumentar a capacidade de internamento e tornar os estabelecimentos penitenciários "em locais mais dignos e humanizados".
Actualmente, há cerca de 24 mil reclusos nas 41 cadeias do país, 12 mil dos quais já condenados e os restantes detidos preventivamente, estando prevista a inauguração nos próximos meses de mais quatro prisões: no Moxico, em Cabinda, no Bié e na Huíla.
A infra-estrutura inaugurada esta Terça-feira vai receber 600 reclusos masculinos e 80 femininos.
"Estamos conscientes das inúmeras dificuldades sociais, económicas e financeiras que o país enfrenta, razão pela qual, neste estabelecimento penitenciário, iremos incentivar a aposta no desenvolvimento da produção agrícola e pecuária, a exemplo de outros, com condições climáticas favoráveis e solos férteis", salientou o ministro no acto inaugural.
Segundo Eugénio Laborinho, o objectivo é melhorar a dieta alimentar dos reclusos, garantir a auto-suficiência alimentar nas prisões e reduzir a importação de produtos do campo, bem como dos encargos do Estado.
Entre as valências da cadeia de Cassosso, constam uma área de reclusão com cinco blocos, cujo um feminino, bem como cozinha industrial, dois refeitórios, lavandaria, centro médico, um bloco formativo com quatro salas de aulas, entre outros, escreve a Angop, que refere ainda que a empreitada - que arrancou em 2013 e sofreu diversas interrupções - foi da responsabilidade da China Jiangsu, orçada em mais de dois mil milhões de kwanzas, cujo financiamento teve por base o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).