David Maciel, director executivo da empresa, esclareceu que através deste e de outros investimentos o país deverá deixar de importar 12 navios de produtos diversos, entre eles o milho, arroz, trigo e feijão. O responsável adiantou ainda – à margem da conferência 'Agricultura 3.0' – que as previsões de colheita para este ano apontam para as 360 mil toneladas de grãos.
Na mesma ocasião marcou presença João Cunha, secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária, que afirmou que o sector continua empenhado na procura de desenvolvimento baseado na ciência, tecnologia e investigação científica, como forma de aumentar a pesquisa e a produtividade.
Segundo o dirigente, citado pelo Jornal de angola, o Governo pretende continuar a modernizar a agricultura nacional, tendo em conta a implementação de inovações tecnológicas por etapas. O principal objectivo é o aumento da produção de cereais oleaginosos, leguminosas, frutas e tubérculos.
Outra das prioridades governamentais é também a produção animal, de forma a diminuir a importação de carne, que poderá facilmente ser produzida no país.
Representada também na conferência esteve a empresa agrícola 'Paula Bartolomeu', que defendeu a necessidade da construção de novas estradas para o escoamento de produtos, independentemente das apostas produtivas.
A empresária defendeu ainda a valorização de produtos nacionais, que disse ser necessário promover com referência própria. Referia-se à batata-doce de Cacuso (Malanje) e à mandioca da Zâmbia, produzida no Sumbe e Gabela (Cuanza Sul).
A primeira conferência sobre 'Agricultura 3.0' decorreu sob o lema 'A semente dos negócios sustentáveis e inclusivos'. Este tipo de agricultura, também denominado 'agricultura inteligente', defende um conceito moderno de gestão agrícola que utiliza técnicas digitais para monitorar e agilizar os processos de produção agrícola.