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Angola vai lançar este mês concurso público para privatizar 39 hotéis

O Governo prepara-se para levar a leilão electrónico, ainda este mês, 39 unidades hoteleiras situadas em 15 das 18 províncias do país, com vista ao relançamento do sector do turismo em Angola.

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O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) promoveu esta Quarta-feira uma sessão para anunciar que activos vão a leilão, detalhando que são 39 hotéis, da rede IU (28), IKA (10) e BINA (1), na sequência de um despacho Presidencial datado de Janeiro, que autoriza a abertura do concurso público, na modalidade de alienação de activos.

As unidades hoteleiras encontram-se localizadas nas províncias de Luanda, Cabinda, Cuanza Sul, Cuanza Norte, Benguela, Lunda Norte, Lunda Sul, Huíla, Huambo, Malanje, Uíge, Cunene, Namibe, Moxico e Bié.

Em declarações à imprensa, no final da cerimónia, o chefe de departamento de privatizações do IGAPE, João Sionguele, referiu que a perspectiva é de o lançamento do concurso acontecer ainda durante o mês de Fevereiro, após um trabalho para determinar o valor base de licitação, que vai resultar da análise do estado actual das unidades hoteleiras e da expectativa de negócio das mesmas.

"É um trabalho que ainda está em curso e o valor de base de licitação será conhecido aquando do lançamento do concurso, uma vez que o mesmo será desencadeado via plataforma de leilão electrónico e é necessário a partilha desta informação para os interessados terem uma ideia da expectativa a nível do valor definido para esses activos", referiu.

João Sionguele frisou que na rede IU 13 unidades estão operacionais e 15 paralisadas, ou seja, de portas fechadas, mas com todos os equipamentos instalados, frisando que depois de lançado o concurso os candidatos poderão visitar as infra-estruturas para constatação do estado operacional das mesmas.

"Em relação aos IKA, uma unidade está a funcionar em Luanda, algumas encontram-se paralisadas (3) e outras em estado inacabado (6)", indicou.

O responsável do IGAPE avançou que existem já várias manifestações de interesse, como do grupo Pestana de Portugal e outros grupos empresariais da actividade hoteleira, havendo igualmente uma grande intenção dos grandes 'players' do sector nacionais.

Por sua vez, o presidente da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA), Ramiro Barreira, salientou que foi expressa na sessão desta Quinta-feira a visão da associação no sentido de tornar viável este processo, sempre "na base da transparência", para que os empresários consigam efectivamente ter acesso a estas privatizações.

"É fundamental defender as pequenas e médias empresas. É necessário alienarmos, mas também defendermos o empresariado nacional, porque nós não queremos vender tudo aos estrangeiros (...) o que nós queremos efectivamente é que estes hotéis sirvam a economia angolana", referiu Ramiro Barreira, vincando a necessidade de se garantir os mesmos sejam entregues a entidades vocacionadas a promover o turismo.

De acordo com Ramiro Barreira, a quantidade de hotéis operacionais atende às necessidades actuais, mas com abertura à entrada no país a nacionais de mais de 90 países sem visto há necessidade de mais unidades.

"Todos os dias verificamos que há estrangeiros a entrar em Angola para virem visitar o nosso país, já não precisam de cartas convites (...) os hotéis que temos no conjunto da perspectiva de desenvolvimento do turismo são insuficientes", sublinhou, apontando ainda a necessidade de abrir novos hotéis onde não existem, por exemplo, Mbanza Congo, Património da Humanidade, que tem apenas um hotel e fechado.

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