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Angola e Botsuana querem alargar cooperação no domínio dos diamantes e petróleo

Angola e o Botsuana procuram alargar o nível de cooperação no sector da exploração e mineração de diamantes, bem como no domínio da refinação. Estes interesses foram discutidos, esta Quarta-feira, num encontro entre o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e o seu homólogo da Botsuana, Lefoco Moagi.

: Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola
Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola  

Na audiência, que aconteceu à margem da participação no Mining Indaba, os dois governantes falaram sobre a "possibilidade do incremento da cooperação no domínio da exploração e mineração de diamantes, busca de uma posição comum em relação à certificação de diamantes brutos, tendo em conta a posição do G7, e ainda a possibilidade de o Botsuana entrar como accionista na Refinaria do Lobito", refere um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a que o VerAngola teve acesso.

Em declarações no final do encontro, Diamantino Azevedo disse terem discutido aspectos relacionados com a cooperação bilateral entre os dois países a nível da indústria extractiva.

Após apresentação do projecto da Refinaria do Lobito, "analisámos a possibilidade de cooperação a nível da actividade petrolífera, essencialmente no campo da refinação e falámos também sobre cooperação a nível da indústria diamantífera, visto que os dois países estão entre os maiores produtores de diamantes do mundo", adiantou, citado na nota.

Segundo o titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, poderá existir uma cooperação maior entre Angola e o Botsuana, tendo sugerido ao seu homólogo "uma cooperação ao nível empresarial (Endiama e congénere do Botsuana) e olhar conjuntamente, com maior atenção, à actual proposta do grupo G7 relativamente às sanções de diamantes russos que, a serem executadas como previsto, afectarão também a indústria diamantífera" dos dois países.

Diamantino Azevedo fez ainda saber que os dois países vão trabalhar em conjunto para fazerem "ouvir" as suas vozes e poderem "evitar que essas medidas afectem" a sua "actividade na indústria diamantífera".

"Ainda sobre o Processo Kimberley, o ministro referiu que manteve, igualmente, um encontro com os responsáveis deste mecanismo internacional de certificação de diamantes, tendo com eles abordado, vis-vis, todas as questões relacionadas com o sistema de certificação, quanto à actual situação de sanções do grupo G7 em relação aos diamantes russos e à empresa russa de diamantes", lê-se no comunicado.

Já por parte de grandes e médias mineradoras, o ministro, que no 'Angolan Mineral Business Forum', concretizado na Terça-feira, apelou a que "sigam para Angola", referiu que recebeu, após o evento e nos encontros mantidos, "promessas de grandes empresas e médias empresas".

Assim, disse tratar-se agora de uma questão de continuarem a trabalhar. "Agora é tudo uma questão de continuarmos a trabalhar. É um processo que demora o seu tempo, pois quando essas empresas vão a um país, fazem uma análise bastante profunda, tanto do potencial geológico, da infra-estrutura geológica, do ambiente de negócios, da legislação, da estabilidade contratual outros quesitos", afirmou.

"Angola vai continuar nesta senda de mostrar aos investidores que pretendemos atrair para o país que temos estabilidade política, potencial geológico e actividade mineira fora do diamante e petróleo e, acima de tudo, temos estabilidade contratual", acrescentou.

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