Em comunicado, o maior banco de Angola, refere que, depois de o Ministério das Finanças ter comunicado a 10 de Fevereiro que colocaria para venda aos bancos o montante de 300 milhões de dólares, o Banco Angolano de Investimentos pretendia adquirir 175 milhões de dólares, que cobririam 75 por cento do volume de operações registadas e a aguardar cobertura cambial naquela data.
Face ao diminuto montante que adquiriu, a instituição bancária informou os clientes que, durante esta semana, está a executar operações que deram entrada até ao dia 17 de Novembro de 2023, registando uma necessidade de aproximadamente 234 milhões de dólares.
"Cientes dos desafios resultantes da redução da disponibilidade de divisas no mercado, situação que já decorre desde meados de 2023, compreendemos a ansiedade, incompreensão e reclamações dos nossos clientes, pelo que continuaremos a fazer os melhores esforços para minimizar esta situação", sublinharam na nota.
Segundo o banco, as operações cambiais para o estrangeiro instruídas pelos clientes "são tratadas por ordem de registo, sem privilegiar nenhum cliente, à excepção das relativas ao pagamento com saúde e educação directamente para os respectivos estabelecimentos, após conclusão de todos os trâmites de verificação de conformidade".
A redução significativa das receitas de exportação (cerca de 28 por cento), esteve na origem de uma menor disponibilidade de moeda estrangeira em 2023 (-37 por cento) e levou a uma depreciação acumulada da moeda angolana na ordem dos 39 por cento em 2023, particularmente acentuada nos meses de Maio e Junho.