A decisão consta da nota oficial sobre a reunião mensal do Conselho de Política Monetária (CPM) do BNA, encontro que serve para avaliar os indicadores de crescimento económico e as contas fiscais e monetárias, neste caso de Dezembro.
Na sequência da análise efectuada à evolução dos principais indicadores macroeconómicos, o CPM constatou "uma tendência de contracção dos indicadores monetários" e um "ligeiro aumento da inflação mensal", de 2,17 por cento entre Novembro e Dezembro, justificada com "o período sazonal característico do final do ano".
A inflação fechou o ano de 2016 (Janeiro a Dezembro) nos 42 por cento, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. A taxa de juro, cujas variações podem servir para controlar a evolução da inflação, esteve fixada até Julho de 2014 em 8,75 por cento, após um corte, na altura, de meio ponto percentual. Aumentou há um ano e meio para 9 por cento, tendo iniciado um ciclo de subidas, com três aumentos só em 2016, o último dos quais em Junho.
Na reunião de 30 de Janeiro do CPM - cujo teor das conclusões foi agora divulgado - além de manter a taxa básica de juro nos 16 por cento ao ano até 27 de Fevereiro (próxima reavaliação), o BNA decidiu não alterar a taxa de juro de facilidade permanente de cedência de liquidez, fixada nos 20 por cento ao ano, e da taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez a sete dias, que continua nos 7,25 por cento ao ano.