Na altura da luta contra o colonialismo, segundo um comunicado do Governo Provincial do Namibe, a que o VerAngola teve acesso, Agostinho Neto terá fixado residência no Parque Nacional do Iona, residência essa que se pretende agora transformar num ponto turístico.
"Sob proposta do Governo Provincial do Namibe, a residência onde habitou o Fundador da Nação Angolana, poderá ser requalificada e convertida em ponto turístico histórico-cultural", lê-se na nota.
Com esta transformação, o equipamento vai assim juntar-se "aos demais produtos turísticos em implementação no Parque Nacional do Iona, tais como Kitesurf, Condução nas Dunas, Canoagem, Observatório de aves e outros".
Além disso, as novas infra-estruturas da área de conservação e gestão da biodiversidade podem vir a ser inauguradas em Março deste ano. O dado foi avançado pela ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, quando falava à margem da primeira reunião anual do comité de supervisão do parque do Iona, decorrida esta Quinta-feira.
Na ocasião, segundo uma outra nota do governo provincial, a que o Verangola teve acesso, a titular da pasta do Ambiente disse que o parque – que está a ser revitalizado, como resultado de uma parceria público-privada entre o Governo e a organização não-governamental African Parks – "é das áreas de conservação do país com avanços significativos em termos de infra-estruturas e reflorestação".
Assim, avançou que "as novas infra-estruturas da área de conservação e gestão da biodiversidade poderão ser inauguradas no próximo mês de Março", disponibilizando aos cidadãos "infra-estruturas e produtos turísticos atractivos, fazendo do Parque Nacional do Iona um equipamento do qual os angolanos se podem orgulhar".
Já Ema Samali da Silva, vice-governadora do Namibe para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, fez saber que o governo provincial está a acompanhar as actividade da ONG que gere o parque, vendo com "bons olhos os avanços na componente turística, que vão fazer do Iona um dos melhores activos da província".
Assim, acrescentou: "Há aqui uma vertente muito forte de inclusão económica, formação e educação ambiental das comunidades locais".
Refira-se que a parceria público-privada entre o Executivo e a African Parks também se encontra a trabalhar na "implementação de cooperativas agrícolas e de artesanato nas comunidades", contando com um programa de formação, que tem em vista "o desenvolvimento comunitário dos habitantes da região".
Segundo o governo do Namibe, os "cinco pilares de acção implementados na gestão" do parque são o turismo, comunidade, fiscalização, conservação e infra-estruturas. O parque, adianta o governo provincial, possui já "23 vivendas para alojamentos e emprega 135 funcionários".