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Angola lidera pela primeira vez Fórum das Comissões Eleitorais da SADC. Manuel da Silva assume presidência

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) foi eleita para liderar, pela primeira vez, o Fórum das Comissões Eleitorais da Comunidade de Países da Região da África Austral (ECF-SADC). Desse modo, o presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, vai assumir a presidência do ECF-SADC durante dois anos.

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A CNE, em comunicado a que o VerAngola teve acesso, informou que esta eleição decorreu na Quarta-feira, no âmbito do encerramento da 26.ª conferência geral anual do Fórum das Comissões Eleitorais da SADC.

"A 26.ª conferência geral anual do Fórum das Comissões Eleitorais da SADC, que decorreu na República de Seychelles, encerrou nesta Quarta-feira com a eleição do seu novo líder Manuel Pereira da Silva, presidente da Comissão Nacional Eleitoral de Angola", lê-se na nota.

Assim, Manuel da Silva irá presidir o fórum durante dois anos, entre o período de 2024-2026.

Por sua vez, a CNE da República Democrática do Congo assumiu a vice-presidência e a CNE da África do Sul "assumiu a presidência do Comité Executivo desta organização regional".

Falando no encerramento da conferência, Manuel Pereira da Silva agradeceu a "confiança demonstrada pelos órgãos de administração eleitoral da região, pela sua eleição e destacou os desafios e as oportunidades que vão marcar o seu mandato".

Na ocasião, assegurou que manterá o compromisso com a "inovação e a consolidação da democracia", assumindo a presidência do referido fórum "com o compromisso de reforçar a importância da colaboração entre os países membros para enfrentar os desafios eleitorais da região e dar continuidade do trabalho desenvolvido pelo ECF", tendo ainda considerado que os próximos dois anos serão cruciais para fortalecer os processos eleitorais na região.

Mencionou igualmente vários desafios que terão de ser enfrentados durante os próximos anos, entre os quais constam "a crescente desinformação, a manipulação de narrativas, o discurso de ódio, bem como a necessidade de garantir a segurança e a integridade dos processos eleitorais".

Manuel Pereira da Silva fez igualmente menção à "pressão política interna e externa que os países da SADC enfrentam no contexto eleitoral, além da necessidade urgente de envolver os jovens nas eleições, especialmente em um cenário digital cada vez mais actuante", lê-se no comunicado.

Segundo o novo presidente do fórum, o futuro dos processos eleitorais encontra-se ligado à forma como se lida com a desinformação, as novas formas de manipulação e pressões externas: "O futuro dos nossos processos eleitorais, está intimamente ligado à forma como lidamos com a crescente desinformação, as novas formas de manipulação e as pressões externas. Precisamos ser resilientes e inovadores, aproveitando as lições dos desafios apreendidos para fortalecer a democracia na nossa região", disse, citado na nota.

Contudo, Manuel Pereira da Silva apontou que as dificuldades também proporcionam oportunidades, acreditando que "é possível inovar, aprender com as experiências anteriores e consolidar uma cultura democrática sólida e duradoura na região".

Segundo o novo presidente, a "complexidade dos processos eleitorais não deve ser vista como um obstáculo, mas como uma oportunidade" para melhorar.

"A complexidade dos processos eleitorais não deve ser vista como um obstáculo, mas como uma oportunidade para aprimorarmos as nossas práticas, fortalecer a confiança do eleitorado e garantir a transparência dos nossos sistemas eleitorais. O compromisso com a democracia deve ser inabalável", disse, citado na nota.

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