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Pitta Grós diz que novas províncias exigem mais magistrados

O Procurador-Geral da República destacou a entrada este ano do maior número de procuradores de sempre na instituição, um “aparente alívio” que durou pouco, já que serão necessárias mais admissões devido às novas províncias.

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Hélder Pitta Grós discursava na abertura do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, que arrancou em Luanda esta Quinta-feira e tem a duração de dois dias.

Segundo Helder Pitta Grós, este ano a PGR beneficiou da entrada de 175 novos magistrados do Ministério Público, o maior número de novos procuradores jamais registado na instituição, todos colocados fora de Luanda.

“No entanto, há aparente alívio no que diz respeito ao número de procuradores [mas] esvai-se, em pouco tempo, pois em janeiro do próximo ano o país contará com mais três províncias”, o que implicará redistribuir os magistrados do Ministério Público existentes para atender aos novos órgãos provinciais a criar, disse Hélder Pitta Grós.

Angola ganhou este ano as províncias de Icolo e Bengo, Cuando e Moxico Leste, contando agora com 21 províncias.

De acordo com o PGR, a necessidade de colocação de magistrados nessas províncias acresce à necessidade de se criar condições de trabalho e instalações para os novos serviços da PGR.

“Pelo que aproveitamos para apelar aos órgãos competentes do Estado que nos acompanhem nesta empreitada, pois os serviços da Procuradoria-Geral da República são essenciais para a garantia da paz social e o respeito pela legalidade”, frisou.

Em declarações à imprensa, o Procurador-Geral da República de Angola disse que as Nações Unidas estabelecem o rácio de um procurador por cada dez mil habitantes, número que o país não consegue atingir por diversas razões, entre as quais falta de capacidade de formação.

Hélder Pitta Grós disse que para a formação dos seus recursos humanos depende do Instituto de Estudos Judiciais, “que tem as suas limitações”.

Sobre os feitos registados este ano, o Procurador-Geral da República destacou o início em outubro do projecto de transformação digital, com o objetivo da desmaterialização documental.

“No final do projecto que durará quatro anos, esperamos obter ganhos significativo no que diz respeito à otimização dos serviços, nomeadamente a redução gradual da dependência do papel, decorrente do processo de desmaterialização, aceleração do acesso à informação e a melhoria e eficácia operacional, bem como a implementação de sistemas aplicativos que simplificará as atividades e melhorarão o fluxo e trabalho da (...) instituição em todo o país”, expressou.

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