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Comboios do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes transportam mais de 160 mil toneladas de ferro e rochas ornamentais

Entre Janeiro e Novembro deste ano, os comboios do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) transportaram um total de 167.404 toneladas de mercadorias, destacando-se as levas de ferro e rochas ornamentais provenientes das localidades do Cuchi (Cuando Cubango) e Arimba (Huíla), que seguiram até ao Porto do Namibe. Estas tiveram como destino final os continentes europeu, asiático e americano.

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Os dados foram avançados pelo Presidente do Conselho Executivo (PCA) da empresa, António Coelho da Cruz, que apesar de não avançar valores arrecadados, referiu a crescente demanda do mercado internacional, tendo em conta as oportunidades de negócio no sector da mineração.

O responsável falava durante uma jornada de revitalização do processo de transporte e exportação de ferro e rochas ornamentais na região sul do país, que teve lugar esta Quarta-feira na cidade de Menongue (Cuando Cubango).

Fez ainda saber que, no mesmo espaço de tempo, os comboios do CFM transportaram 480.000 passageiros.

No entanto, anunciou que a empresa prevê receber - no primeiro trimestre do próximo ano - 40 carruagens e 20 vagões provenientes da África do Sul, o que deverá aumentar o transporte de mercadorias anual para entre as 500 e as 600.000 toneladas e o transporte de passageiros para um bilião de pessoas.

Citado pela Angop, António Coelho da Cruz anunciou ainda o aumento de quatro frequências semanais dos comboios do CFM entre Lubango e Monongue e vice-versa, bem como a entrada em funcionamento de um comboio 'express'. "Tão logo venham a aumentar a nossa capacidade, aumentaremos também uma segunda frequência do comboio express, de acordo com a demanda de passageiros", afirmou.

Nos planos do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes para o próximo ano está ainda, a partir de Fevereiro, a disponibilização de um comboio suburbano que ligará Menongue ao Cuchi. Este comboio terá como principal finalidade o transporte de trabalhadores da fábrica de ferro gusa da Companhia Siderúrgica do Cuchi. Estima-se que cerca de 600 trabalhadores necessitem deste meio para chegar ao emprego todos os dias.

Em relação à matéria-prima produzida na fábrica, informou que estão a ser transportadas, semanalmente, três frequências de comboios de ferro gusa e duas de madeira, com destino ao Porto do Namibe. Salientou ainda que, conforme a disponibilidade de locomotivas, as pretensões passam por um aumento de frequências a curto prazo.

Coelho da Cruz deixou em aberto o grande desafio do CFM para o próximo ano: a ligação à Zâmbia a partir do Cuando Cubango, com o intuito de aumentar a livre circulação de pessoas e mercadorias e de impulsionar as trocas comerciais entre os dois países.

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