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Governo quer reestruturação das empresas públicas ferroviárias

O Governo defendeu esta Terça-feira uma “oportuna” reestruturação das empresas públicas dos caminhos-de-ferro do país e a implementação de um novo modelo institucional do sector, tendo em conta o “enorme esforço financeiro do Estado” nesta área.

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"O enorme esforço financeiro que o Estado está a fazer na revitalização e renovação dos activos do sistema ferroviário em Angola justifica e deve ser acompanhado de uma consequente e oportuna reestruturação das empresas ferroviárias", disse o administrador executivo da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Alberto Nquengue.

A reestruturação, adiantou, deve passar igualmente pelo modelo institucional de financiamento do sector "em bases consistentes e coerentes, em termos da economia pública de mercado de transportes e de estabilidade financeira".

"A não ser feito, meterá em causa, no futuro, a eficácia do transporte ferroviário e comprometerá, irremediavelmente, a reprodutividade dos investimentos em curso e os seus efeitos no crescimento e desenvolvimento da economia nacional", referiu.

Para o administrador da ANTT, que falava em representação do secretário de Estado dos Transportes Terrestres durante a abertura do 2.º Ciclo de Conferências Técnicas Ferroviárias Angola Rail 2023, o relançamento do sector deve estar alinhado com a política definida para os transportes nacionais.

Alberto Nquengue afirmou que o Governo angolano entende ser necessário intervir no sector, através do Ministério dos Transportes, em harmonia e coerência com a estratégia e a política que vem sendo desenhada para os transportes nacionais, particularmente "com base na reestruturação das empresas de caminhos-de-ferro do país e na implementação de um novo modelo institucional para o sector ferroviário".

"O Ministério dos Transportes e o Governo defendem a assunção destes princípios de política sectorial no pressuposto de reforço do contributo do setor ferroviário na defesa do interesse público para o desenvolvimento económico e coesão regional do país", concluiu Alberto Nquengue.

A rede ferroviária de Angola, tutelada pelo Ministério dos Transportes, é composta pelos Caminho de Ferro de Luanda (CFL), Caminho de Ferro de Benguela (CFB) e Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM).

A conferência, promovida pela Associação dos Técnicos Ferroviários de Angola e empresas públicas deste subsetor dos transportes terrestres, celebra até quarta-feira a Semana de Segurança Ferroviária da Comunidade de Desenvolvimento de África Austral (SADC) e os 135 anos do início da exploração ferroviária em Angola.

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