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Angola com menos crimes registou ainda assim mais de 62.000 em 2023

A Polícia Nacional registou 62.805 crimes diversos em 2023, menos 1749 do que ano passado, e 71 por cento foram praticados por pessoas conhecidas ou familiares das vítimas, segundo dados preliminares apresentados pela corporação.

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De acordo com os dados apresentados esta Sexta-feira pelo comandante-geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), comissário-geral Arnaldo Manuel Carlos, a redução da criminalidade maior incidência nos crimes violentos, que caíram para 226 casos.

"Os crimes praticados com recurso à arma de fogo conheceram uma redução de 12 por cento, e 71 por cento de todos os crimes registados foram praticados por pessoas conhecidas ou das famílias das vítimas por questões passionais, crença ao feiticismo e por desentendimento sobre questões banais da vida quotidianas", disse o comandante.

Os restantes crimes foram praticados por delinquentes "muitos dos quais detidos e na sequência das investigações criminais", realçou.

Na cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano, que decorreu no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, em Luanda, Arnaldo Manuel Carlos, frisou que apesar da redução da criminalidade, "que se vem registando nos últimos cinco anos, continuam a constituir preocupação os crimes violentos", pelo "sentimento de segurança das populações".

Realçou ainda pela negativa os actos de violência no seio da família contra as mulheres e "os crimes de violência sexual envolvendo menores", frisou.

O comissário-geral da PNA sinalizou igualmente que constitui preocupação da corporação os atos de vandalismo de bens públicos, com realce para os que incidem sobre as torres de transporte de energia elétrica de alta tensão, linhas ferroviárias e pontes metálicas.

Para travar os atos de vandalização dos bens públicos, o oficial superior assegurou que a polícia será "implacável" na execução das medidas de natureza policial e judiciais.

Os dados preliminares da polícia angolana assinalam também que durante 2023 foram registados 13.597 acidentes de viação que causaram 2915 mortes, um aumento de 37 por cento comparativamente ao ano passado.

"São cifras bastantes preocupantes e revelaram um quadro sombrio na observância do Código de Estrada", observou.

Arnaldo Manuel Carlos prometeu, na sua intervenção, "continuar a privilegiar o diálogo entre a polícia e o cidadão, no âmbito do trabalho de policiamento de proximidade, visando elevar a relação de confiança e de colaboração".

As tarefas constantes do Plano Estratégico de Desenvolvimento da PNA no período 2023-2027, nomeadamente a consolidação da tendência decrescente da criminalidade, aprimoramento do combate à vandalização de bens públicos, reforço ao controlo das fronteiras e combate à emigração ilegal e outros, vão centrar as ações da corporação angolana em 2024.

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