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Oxford Economics prevê descida contínua da inflação até 12,7 por cento no final de 2023 em Angola

A consultora Oxford Economics Africa considerou esta Terça-feira que a descida da inflação em Angola vai levar o banco central a cortar a taxa de juro no próximo ano, quando a inflação abrandar para 12,7 por cento.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

"Graças aos efeitos de base positivos, aos menores preços das matérias-primas e a um abrandamento da taxa de crescimento dos agregados de crédito e monetários, prevemos que a inflação vá continuar a descer para 12,7 por cento no final do próximo ano; esta menor taxa de inflação deverá sustentar um corte cumulativo de 400 pontos base durante o próximo ano", escrevem os analistas.

Num comentário à evolução da inflação em Angola, que desceu em Novembro para 15,24 por cento, o valor mais baixo dos últimos sete anos, os analistas do departamento africano desta consultora britânica escrevem que "em contraste com a maioria dos outros países, a inflação tem estado numa tendência decrescente há vários meses, principalmente devido ao fortalecimento da moeda local face ao valor de há 12 meses e ao declínio generalizado dos preços alimentares desde Maio".

O Índice de Preços no Consumidor Nacional desceu, em Novembro, para 15,24 por cento, em termos homólogos, o valor mais baixo em quase sete anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) analisados pela Lusa.

A última vez em que a inflação homóloga ficou abaixo dos 16 por cento foi em Janeiro de 2016, altura em que se fixou nos 15,20 por cento.

Os 15,24 por cento representam um decréscimo de 11,74 pontos percentuais em relação à inflação observada em igual período do ano anterior e uma desaceleração de 1,44 pontos percentuais relativamente à variação homóloga do mês anterior.

Na província de Luanda, a descida foi ainda mais significativa, atingindo os 14,6 por cento em termos homólogos, o registo mais baixo desde Dezembro de 2015 (14,3 por cento) e um decréscimo de 15,82 pontos percentuais em relação à observada em igual período do ano anterior.

Em termos mensais, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) registou uma variação de 0,82 por cento entre Outubro e Novembro de 2022.

"Comparando as variações mensais (Outubro a Novembro de 2022) regista-se uma aceleração de 0,04 pontos percentuais, ao passo que, em termos homólogos (Novembro 2021 a Novembro 2022), regista-se uma desaceleração na variação actual de 1,26 pontos percentuais", salienta o INE.

Os itens relacionados com saúde foram os que mais registaram um maior aumento de preços, com uma variação mensal de 1,84 por cento. Destacam-se também as subidas verificadas nas classes: Vestuário e Calçado com 1,75 por cento, Bens e Serviços Diversos com 1,31 por cento e Lazer, Recreação e Cultura com 1,15 por cento.

Na semana passada, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, antecipava já que Angola ia acabar o ano com uma taxa de inflação inferior a 16 por cento, prevendo para 2023 maior estabilidade de preços na economia.

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