Ver Angola

Defesa

Desenvolvimento da indústria militar entre as prioridades do ministério

João Ernesto dos Santos, ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, indicou a mobilização de recursos financeiros para continuar a desenvolver a indústria militar, visando aumentar os níveis de produção, como uma das prioridades para o próximo ano.

:

Segundo uma nota das Forças Armadas Angolanas (FAA), a que o VerAngola teve acesso, o ministro referiu que em 2023 também pretende "intensificar a formação contínua dos militares, para propiciar a profissionalização das armas e serviços, expandir a médio e curto prazo programas de modernização de armamento, técnica e equipamento de alta qualidade".

Além disso, na lista de prioridades consta igualmente a "construção e requalificação de infra-estruturas de aquartelamento, ensino, de asseguramento multifacético, de acordo com as características de cada região militar, potenciando assim os batalhões de engenharia e construção militar".

Além disso, em 2023, também será dado seguimento à produção de fardas e calçados, para assegurar a "auto-suficiência desta produção" para as forças armadas.

O titular da pasta da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, que falava esta Quarta-feira, numa mensagem de fim de ano, também se referiu ao ano que está a acabar, tendo enumerado alguns avanços, tais como o "processo de reestruturação e redimensionamento em curso no sector, com a produção de importantes iniciativas legislativas reguladoras da sua actividade".

Destacou igualmente o facto de "estarem em fase de aprovação, nos órgãos afins, a Lei de Base da Organização da Defesa Nacional, da Organização e do Funcionamento das Forças Armadas Angolanas, do Regime de Protecção Especial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria e do Serviço Militar", lê-se no documento.

Acerca do domínio do sistema de Ensino Militar, a nota adianta que o processo foi revisto e adaptado às exigências actuais, "potenciando a formação militar interna, contrariamente" à externa, sendo que nos últimos cinco anos (2017-2022) foram formados 15.066 militares no país, contra os 1049 no exterior.

Já relativamente à produção de uniformes e calçados, o comunicado informa que, numa primeira fase, "foram produzidas 75 mil fardas de campanha, contra os 22 mil previstos inicialmente", assim como foram fabricados 11 mil pares de botas, dispondo de "stock de matéria-prima para produzir 400 mil fardas e 60 mil botas".

O governante mencionou igualmente as infra-estruturas, referindo que a Base Naval do Soyo e o Hospital Militar Central estão a ser alvo de requalificação, acrescentando que estão em construção os Centros Regionais de Vigilância Marítima do Lobito e do Namibe, assim como a edificação do Centro de Coordenação e Vigilância Marítima de Luanda.

Acrescentou que se encontram igualmente em curso "acções tendentes à alocação de verbas para a construção do novo Hospital Militar Principal de Luanda, na zona do Grafanil e de três regionais nas províncias de Cabinda, Moxico e Huambo".

No seu balanço, João Ernesto dos Santos informou que relativamente aos antigos combatentes se realizou "o recadastramento de 77.519 assistidos", dos quais 1124 beneficiaram de residências em diferentes províncias e salientou igualmente que estão inseridos no sistema de pagamento de pensões 80.457 pensionistas, entre os quais 46.128 reformados, 64 por invalidez e 34.265 por sobrevivência.

Segundo o comunicado, na cerimónia de cumprimento de fim de ano assinalaram presença os secretários da Defesa Nacional e Veterano da Pátria, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, directores nacionais, entre outros.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.