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Sindicato dos técnicos da PGR considera “gota no oceano” novas vagas para o sector

O Sindicato dos Técnicos de Justiça da Procuradoria-Geral da República (PGR) enalteceu esta Segunda-feira o anúncio do concurso público para o ingresso de 450 novos técnicos de justiça naquele órgão, considerando, no entanto, que é “uma gota no oceano”.

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"Este concurso vem em boa hora, porquanto já há muito vivemos e trabalhamos aflitos por falta de nova força, de novo sangue na PGR, uma vez que as pessoas que labutavam neste órgão muitos faleceram e outros reformados deixaram um grande vazio", afirmou esta Segunda-feira Elias Pinto, secretário-geral do sindicato, em declarações à Lusa.

Segundo o sindicalista, a "fuga" de alguns técnicos de justiça da PGR "para a magistratura do Ministério Público e para empresas que remuneravam melhor" contribuiu para o actual défice de funcionários da PGR, contando actualmente com menos de 2000.

"Este défice (de técnicos) tem estado a impedir o bom funcionamento e reduz completamente as estatísticas do trabalho que realizamos todos os dias, porque requer força, requer homens e todo o manancial que visa potenciar a própria PGR e o Estado angolano em si", sublinhou.

O Governo aprovou 450 vagas para o ingresso na carreira de técnicos de justiça do regime especial da PGR e 500 vagas de ingresso nas carreiras dos tribunais do regime especial de oficiais de justiça.

A atribuição de vagas para o ingresso de técnicos de justiça da PGR vem expressa num despacho conjunto dos Ministérios da Justiça e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, a que a Lusa teve acesso esta Segunda-feira.

Para Elias Pinto, a quota de vagas atribuída à PGR "é uma gota no oceano, pelo país inteiro, esse número é insuficiente".

"Não sei se o Estado observa o país com olhos de ver ou se tem aquela panorâmica concreta de saber o que é que o país precisa e quantos municípios tem o país para então optar em 450 vagas", referiu.

"Não vamos cair nesta situação da falta de dinheiro, o que não é bem verdade, o país tem recursos suficientes para colocar as pessoas a funcionar e esse hábito de que o país não tem dinheiro é pura mentira", referiu o sindicalista.

As vagas atribuídas ao sector serão preenchidas mediante a realização de um concurso público.

Segundo o despacho conjunto n.º 5603/21 de 13 de Dezembro de 2021, já publicado em Diário da República, o órgão central da PGR deve absorver 47 novos técnicos.

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