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João Lourenço e Presidente da Etiópia abordaram situação de paz e segurança no país

A Presidente da Etiópia, Sahle-Work Zewde, disse esta Sexta-feira, em Luanda, que abordou com o seu homólogo João Lourenço a situação de paz e segurança no seu país, nesta altura sob tensão.

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Sahle-Work Zewde que chegou na noite de Quinta-feira a Luanda, e reuniu-se esta Sexta-feira no Palácio Presidencial com o chefe de Estado, deixando o país no fim da manhã.

De acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores, em breves declarações à imprensa no aeroporto internacional, a Presidente da Etiópia referiu que a visita se centrou essencialmente nos esforços políticos e diplomáticos sobre a crise instalada naquele país africano, marcada por confrontos entre os militares das forças rebeldes da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) e o exército regular etíope.

Hoje, as Nações Unidas afirmaram que todas as partes envolvidas no conflito na Etiópia mantêm as práticas de abusos, e alertaram para a ameaça de um cenário de "violência generalizada" com graves consequências para a região.

Em resposta, a Etiópia acusou o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, reunido em Genebra, de "neocolonialismo", exactamente por ter convocado esta sessão especial para abordar a questão das violações de direitos no país, devastado por uma guerra que se prolonga desde o início de Novembro de 2020.

A guerra eclodiu a 4 de Novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, enviou o exército federal para Tigray com a missão de retirar pela força as autoridades estaduais da Frente de Libertação do Povo de Tigray (TPLF, na sigla em inglês) que vinham a desafiar a autoridade de Adis Abeba há muitos meses.

O pretexto específico da invasão foi um alegado ataque das forças estaduais a uma base militar federal no Tigray, e a operação foi inicialmente caracterizada por Adis Abeba como uma missão de polícia, que tinha como objectivo restabelecer a ordem constitucional e conduzir perante a justiça os responsáveis pela sua perturbação continuada.

Abiy Ahmed declarou vitória três semanas depois da invasão, quando o exército federal capturou a capital estadual, Mekele. Em junho deste ano, porém, as forças afectas à TPLF já tinham retomado a maior parte do território do estado do Tigray, e continuaram a ofensiva nos estados vizinhos de Amhara e Afar.

O conflito na Etiópia provocou a morte de vários milhares de pessoas e fez mais de dois milhões de deslocados, deixando ainda centenas de milhares de etíopes em condições de quase fome, de acordo com a ONU.

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