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PAM vai treinar agentes comunitários de saúde para dar resposta à desnutrição em Angola

O Programa Alimentar Mundial (PAM) vai treinar agentes comunitários de saúde angolanos em matéria de desnutrição, para o rastreio de cerca de 1,1 milhão de crianças em 2021, anunciou esta Quinta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU).

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De acordo com um comunicado, o PAM e o Governo de Angola lançaram um projecto nutricional para apoiar as autoridades da província de Luanda no tratamento e prevenção da desnutrição aguda em crianças.

O projecto vai apoiar comunidades vulneráveis afectadas adversamente pelas consequências sociais e económicas da pandemia covid-19.

Além da formação dos agentes, o PAM vai fornecer suplementos alimentares nutritivos, que serão distribuídos pelas autoridades provinciais a cerca de 37.000 crianças menores de 5 anos.

O documento refere ainda que a organização da ONU vai de igual modo apoiar o Governo nos treinamentos para melhorar as habilidades das famílias e cuidadores em boas práticas de alimentação infantil, incluindo o aleitamento materno e a alimentação complementar, boas práticas de higiene, saúde, nutrição e medidas de protecção contra a covid-19.

O projecto, que faz parte da resposta nacional à covid-19, é financiado através do Acordo de Prestação de Assistência Técnica, assinado entre o PAM e o Governo de Angola, com o apoio ainda do Banco Mundial.

O acordo também cobre as áreas de alimentação escolar e avaliação e mapeamento de vulnerabilidade para apoiar avaliações abrangentes e confiáveis de segurança alimentar e nutrição no país.

A chefe do departamento de Saúde Pública do Gabinete Provincial da Saúde de Luanda, Catarina Oatanha, citada no comunicado, referiu que o projecto vem ajudar "a fortalecer as capacidades nacionais para uma resposta rápida e adequada à desnutrição aguda e a garantir que as crianças em comunidades vulneráveis possam aprender e crescer".

Por sua vez, a chefe do escritório do PAM em Angola, Michele Mussoni, igualmente citada na nota, sublinhou que a desnutrição aguda afecta todos os grupos da população, mas especialmente as crianças pequenas, dado que a nutrição adequada é crítica para o seu crescimento e desenvolvimento.

"A pandemia interrompeu gravemente os meios de subsistência das populações vulneráveis em áreas urbanas, onde o trabalho informal é a principal fonte de renda para muitos, e esperamos que este projecto ajude a melhorar a sua segurança alimentar e nutricional, aumentando a sua resiliência", referiu.

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