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Inflação sobe 1,99 por cento em Novembro e acumulado ultrapassa máximo de três anos

Os preços no país aumentaram 1,99 por cento entre Outubro e Novembro, segundo um relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado esta Segunda-feira, colocando a inflação acumulada a 12 meses no valor mais alto desde Novembro de 2017.

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A classe Alimentação e Bebidas não Alcoólicas foi a que registou um maior aumento dos preços, com 2,33 por cento, seguindo-se Saúde, com 2,08 por cento, Vestuário e Calçado, com 2,06 por cento, e Hotéis, Cafés e Restaurantes, com 2,00 por cento, refere o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN).

A classe Alimentação e Bebidas não Alcoólicas foi também a que, segundo o INE, "mais contribuiu para o aumento do nível geral dos preços", sendo responsável por 1,13 pontos percentuais do aumento de 1,99 por cento em Novembro.

O valor registado em Novembro deste ano representa um aumento de 0,18 pontos percentuais e, em termos homólogos, de 0,46 pontos percentuais face aos 1,53 por cento registados no mesmo período do ano passado.

No acumulado dos últimos 12 meses, Angola soma um aumento de 24,9 por cento dos preços no consumidor, um valor que ultrapassa os 24,7 por cento entre Dezembro de 2016 e Novembro 2017 – o valor mais alto deste indicador nos últimos três anos.

Já desde o início do ano, a inflação em Angola soma 22,57 por cento, valor semelhante ao registado nos primeiros 11 meses de 2017, quando alcançou os 22,21 por cento. Em relação a 2019, isto representa um aumento de 7,86 pontos percentuais face aos 14,71 por cento então registados.

De acordo com o INE, as províncias que registaram maior aumento foram as de Lunda Norte (2,49 por cento), Luanda (2,14 por cento), Moxico (1,89 por cento) e Bié (1,88 por cento).

Por outro lado, as províncias com menor variação foram Zaire (1,57 por cento), Cabinda (1,54 por cento), Namibe (1,52 por cento) e Lunda Sul (1,41 por cento).

Na proposta do Orçamento Geral do Estado para 2021, Luanda estima uma taxa de inflação acumulada anual de 18,27 por cento para o próximo ano.

Devido à pandemia de covid-19, verificou-se uma redução do preço do barril de petróleo, o que levou a que os Estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros reduzissem a produção, de modo a equilibrarem o preço do barril de petróleo.

No final de Novembro, o Comité de Política Monetária do Banco Nacional de Angola manteve a previsão de 25 por cento de inflação para o presente exercício económico "pelo que continuará a monitorizar todos os factores monetários determinantes da inflação".

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