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PR exonera administrações de mais nove empresas públicas

O Presidente João Lourenço, exonerou as administrações de nove empresas públicas, dos aeroportos e portos, de distribuição de electricidade e água, e dos caminhos-de-ferro, nomeando 64 administradores, informou esta Quarta-feira à Lusa a Presidência da República.

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De acordo com a informação disponibilizada pela Casa Civil da Presidência, foram exoneradas as administrações dos caminhos-de-ferro de Luanda (CFL), Benguela (CFB) e Moçâmedes (CFM), que passam a ser lideradas, respectivamente, por Júlio Bango Joaquim, Luís Teixeira e Daniel João Quipaxe (reconduzido), em conselhos de administração com cinco elementos cada.

Da Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL) foi exonerada a administração liderada por Lionídio Gustavo Ferreira de Ceita, passando o conselho de administração, de sete elementos, a ser presidido por Diógenes Flores Diogo.

Na Empresa Nacional de Distribuição de Eletricidade (ENDE) foi afastada a administração de Francisco Dias Talino, que passa a ser liderada por Ruth do Nascimento Safeca.

O Presidente exonerou ainda o conselho de administração da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA), neste caso reconduzindo Manuel Ferreira de Ceita na liderança.

Esta nova vaga de exonerações e mexidas chega ainda às empresas públicas que gerem os portos do Namibe, Lobito e Luanda, que passam a ser lideradas, respectivamente, por António Samuel, Agostinho Estevão Felizardo e Alberto António Bengue (reconduzido).

O novo Presidente precisou de menos de três meses para afastar a estrutura de governação que recebeu de José Eduardo dos Santos, tendo feito acima de 300 nomeações e exonerando mais de 30 oficiais generais e cerca de 20 administrações de empresas públicas, na área petrolífera, dos diamantes, e de comunicação social, além do próprio Banco Nacional de Angola e de bancos comerciais detidos pelo Estado.

"Ninguém é suficientemente rico que não possa ser punido, ninguém é pobre demais que não possa ser protegido", foi um dos mais sonantes avisos que o novo chefe de Estado, um general de 62 anos, deixou ao tomar posse, a 26 de Setembro.

João Lourenço admitiu entretanto a necessidade de "moralização" da sociedade, com um "combate sério" a práticas que "lesam o interesse público", e foi buscar o director nacional adjunto do Serviço de Investigação Criminal, o comissário de polícia Sebastião Domingos Gunza, para liderar a nova equipa da Inspecção-Geral da Administração do Estado, exonerando a anterior, liderada por Joaquim Mande.

"Esperamos que a tão falada impunidade nos serviços públicos tenha os dias contados", avisou João Lourenço.

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