Os três vocábulos mais votados para Palavra do Ano em Angola, até agora, são “exoneração”, com quase dois quintos dos votos, “mudança”, com 21 por cento, cerca de metade da anterior, e “divisas”, com 16 por cento.
A eleição da Palavra do Ano teve início dois meses após a tomada de posse do Presidente da República, João Lourenço, que empreendeu, desde Setembro, a mudança de chefias militares, ordenou a exoneração de titulares de cargos públicos em organismos do Estado, na polícia e na administração de empresas estatais, em áreas que vão dos diamantes, aos petróleos, da comunicação social à banca, abarcando os responsáveis do Banco Nacional de Angola, das televisões e da Sonangol.
A escolha da Palavra do Ano 2017 de Angola prossegue até ao final do mês, em www.palavradoano.co.ao.
Segundo os responsáveis pela iniciativa, participaram na votação, até à data, em Angola, pouco mais de 2100 internautas, e a palavra vencedora será conhecida no dia 30 de Janeiro próximo, pelas 18h30 locais, numa cerimónia no Centro Cultural Português, em Luanda.
Para já, às três favoritas, seguem-se, com alguma distância, as palavras “eleições” (8 por cento) e “professor” (5 por cento).
“Candongueiro”, nome dado ao meio de transporte de passageiros mais utilizado no país, e “micha”, um termo informal muito utilizado para “facilitar” alguns negócios, quando a micha é oferecida a alguém em troca de um favor ou benefício, encontram-se no mesmo patamar de preferência, com 3 por cento dos votos.
Logo abaixo, também empatadas, com 2 por cento dos votos, surgem as palavras “barragem” e “kaluanda”, termo que se tornou comum e é usado para designar algo ou alguém que é originário de Luanda.
Em último lugar está o vocábulo “maka”, expressão usada para descrever situações de fácil resolução, com apenas 1 por cento das intenções dos cibernautas.
No ano passado, quando se realizou pela primeira vez a escolha da Palavra do Ano em Angola, a eleita foi "crise", tendo mobilizado 31 por cento dos votos. A a escolha da Palavra do Ano é uma iniciativa da Plural Editores, do grupo Porto Editora.
