"A exploração em águas profundas em Angola também sai da escala pelo nível de poupanças, com os custos de produção em 2017 a serem 30 por cento mais baratos que os níveis de 2014 nalguns projectos", lê-se numa análise aos custos de produção mundiais.
O relatório, a que a Lusa teve acesso, vinca que as grandes petrolíferas internacionais têm feito um esforço "para se focarem na harmonização de procedimentos e beneficiar de uma descida nos custos dos materiais".
"A mensagem dos operadores é clara: esta curva descendente será diferente. A grande maioria das poupanças feitas nos poços de águas profundas entre 2014 e 2017 vieram para ficar, independentemente da evolução dos preços do petróleo", lê-se no documento.
Estas poupanças, calcula a WoodMackenzie, ascenderam a 410 mil milhões de dólares nos últimos três anos, sendo que o aluguer do material de perfuração para estes poços desceu 65 por cento face aos níveis de 2014, por exemplo.
O problema, acrescentam, é que "o sector global de serviços [fornecidos à exploração petrolífera] não tem mais capacidade para cortes marginais", por isso a WoodMackenzie antevê que "os custos vão aumentar em 2019 e 2020, devido ao aumento da procura".
Angola foi em 2016 o maior produtor de petróleo em África, à frente da Nigéria.