Ver Angola

Saúde

Associação quer pulseira electrónica para dar liberdade a crianças autistas

Uma associação nacional de apoio a autistas pretende utilizar pulseiras electrónicas para controlar crianças e adolescentes com aquele distúrbio neurológico, impedindo a sua marginalização.

:

O projecto, que se encontra em sede de análise no parlamento, é uma iniciativa da Associação Angolana de Apoio a Pessoa Autista e Portadora de Transtornos Globais de Desenvolvimento (APEGADA) e visa garantir maior eficácia no controlo das crianças e adolescentes autistas.

De acordo com o presidente da associação, António Teixeira, face à ausência de mecanismos específicos para controlar os menores, estes podem passar a ser vigiados com pulseiras electrónicas, mas com o intuito de lhes devolver alguma "liberdade", face ao isolamento a que estão submetidos actualmente.

"Um dos grandes propósitos tem sido a questão de isolamento e abandono a que estão expostas estas pessoas, a maior parte delas estão em casa e muitas vezes os pais, pelo facto de não terem condições apropriadas para o seu controlo, mantêm-nas isoladas", explicou o responsável, em declarações à Lusa.

O autismo é um distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interacção social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restrito e repetitivo, algo com que muitos pais não conseguem lidar, acrescenta António Teixeira.

"Chegam a manter as crianças amarradas com o receio de que elas se percam", conta o presidente daquela associação, admitindo que recebe um número crescente de participações sobre o desaparecimento destas pessoas.

A APEGADA controla cerca de 650 crianças autistas localizadas na capital e em algumas outras províncias do país.

"Numa fase inicial queríamos avançar com uma pulseira simples onde devem constar os dados dos pais, e depois com uma pulseira electrónica ligada ao sistema GPS instalado a partir dos telefones dos pais. Mas como sabe, nós ainda não conseguimos financiamento, daí que apresentamos o projecto à Assembleia Nacional", justificou António Teixeira.

O custo das pulseiras, disse ainda, poderá variar entre os 3000 e os 66000 kwanzas.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.