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Diplomacia angolana promete apoiar RDCongo na resolução do conflito político

O ministro das Relações Exteriores reiterou Segunda-feira o empenho do Governo no apoio à República Democrática do Congo (RDCongo) para resolver o conflito político que se prolonga há vários meses.

Eduardo Soteras:

"Pensamos que tem que haver o fim da crise na RDCongo, que passa pelo respeito da Constituição tanto pelos diferentes partidos da oposição como pelo Governo", disse Georges Chikoti à margem de um encontro que manteve com a missão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que se deslocou a Angola, proveniente de Kinshasa, onde permaneceu durante dois dias para ouvir as partes envolvidas no conflito.

De acordo com Georges Chikoti, os membros do Conselho de Segurança da ONU visitaram o país como sinal de reconhecimento do papel que o país representa na região, sendo um dos vizinhos mais próximos e mais importantes da RDCongo, com uma fronteira comum de cerca de dois mil quilómetros.

O chefe da diplomacia frisou que Angola, como membro da comunidade internacional, pensa que é necessário que o CS da ONU assuma o papel de trabalhar em coordenação com a região, com a RDCongo para que possa ajudar aquele país africano.

"Um papel em que o Conselho de Segurança de facto jogue o seu papel, assuma as suas responsabilidades com a região, com a comunidade internacional para ajudarmos a RDCongo na base daquilo que são os entendimentos que a oposição e o Governo estão a tentar propor", disse.

Angola no âmbito da presidência da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) tem se engajado para encontrar soluções pacíficas para resolução de conflitos políticos na RDCongo.

O "diálogo nacional" na RDCongo, onde não participou a oposição, deu "luz verde" a 17 de Outubro ao acordo para adiar as eleições presidenciais, no país para 29 Abril de 2018, após várias semanas de contestação na rua.

O acordo pretende manter no cargo o Presidente do país, Joseph Kabila, cujo mandato termina a 19 de Dezembro e que a Constituição proíbe de se recandidatar. Prevê a criação de um novo Governo, com o posto de primeiro-ministro a ser entregue a uma pessoa da oposição, mas é considerado bastante frágil porque o principal grupo da oposição boicotou as negociações.

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