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UNITA recusa autoria de plano para derrubar instituições do Estado

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, recusou a autoria de um alegado plano para atentar contra as instituições do Estado e a tomada do poder pela força.

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A posição foi assumida em conferência de imprensa pelo Secretário-geral do partido, Vitorino Nhany, em conferência de imprensa para denunciar o que apelidou de um "plano macabro" das autoridades angolanas para imputar à UNITA as referidas intenções.

Segundo Vitorino Nhany, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, escreveu ao Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, para "denunciar a falsidade" de um documento forjado, supostamente produzido pelos Serviços de Inteligência do Presidente da República, mas atribuído ao Gabinete de Estudos, Pesquisas e Análise da UNITA - GEPA.

"O presidente Samakuva escreveu ao senhor Presidente da República para repudiar o objetivo velado de tal documento e garantir-lhe categoricamente que o documento é absolutamente falso", referiu Vitorino Nhany.

O Secretário-geral da UNITA afirmou ainda que o documento "é falso" no seu conteúdo, autoria e origem que lhe é atribuída.

De acordo com Vitorino Nhany, o documento data de Dezembro de 2014, e a carta de Isaías Samakuva a José Eduardo dos Santos foi endereçada há cerca de três, sem, no entanto, merecer resposta do Presidente angolano.

Para a UNITA, o objectivo da elaboração de tal documento visou a extorsão de dinheiro do Orçamento Geral do Estado "alegando que precisam de milhões de dólares para abortar tais “planos da UNITA'".

O dirigente da UNITA sublinhou que as acusações não visam criar tensões no país, mas alcançar entendimento. "Não estamos a esconder, estamos a informar, de novo, o próprio Presidente da República para buscarmos diálogo", salientou.

Igualmente com intenção de buscar diálogo, Vitorino Nhany disse que em Maio foi endereçada uma carta ao Secretário-Geral do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, para a discussão de assuntos que afectam o país.

"A resposta fez-nos crer haver intenções de se adiar o encontro solicitado para as calendas gregas, o que por métodos diplomáticos significará, negar", frisou o político.

A finalizar, Vitorino Nhany apelou à opinião pública nacional e internacional para a importância do assunto, que acredita tem como entre vários objectivos "forjar um motivo para uma purga militar ou criminal contra a direcção da UNITA".

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