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Saúde em Angola melhorou mas precisa de mais pessoal qualificado

O Ministro da Saúde de Angola, José Van-Dúmen, admitiu hoje que o sector da saúde melhorou durante o ano de 2015 mas, mesmo assim, precisa de mais pessoal qualificado. Para o responsável pela pasta da Saúde, o sector sofre de "uma enorme escassez de recursos humanos", com uma insuficiência de formação que o governo se propõe resolver já a partir do próximo ano.

PortaldeAngola:

José Van-Dúnem, que discursava na cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano, disse que a formação permanente dos quadros do sector da saúde constitui um "imperativo incontornável". Contudo, fez um balanço satisfatório do sector.

Em declarações à agência Lusa, o bastonário da Ordem de Médicos de Angola, Pinto de Sousa, disse que o número de quadros é razoável, mas não o suficiente. "Mas as perspectivas são boas. Com abertura de novas faculdades, a formação no exterior, a abertura e descentralização dos internatos médicos estou em crer que nós iremos atingir ou mesmo ultrapassar as metas que estão preconizadas", referiu.

Segundo Pinto de Sousa, actualmente o quadro de médicos é de 5.034 profissionais inscritos na ordem, mas a partir do próximo o ano o número deverá aumentar significativamente. Para uma melhor resposta à demanda e melhoria do atendimento, o bastonário apontou um número de médicos entre os oito a 10 mil.

"Como se sabe a população aumenta, este é um processo dinâmico e também a formação médica vai aumentar, acredito que com este esforço muito acentuado iremos atingir estes números nos próximos anos, formação interna e externa", frisou Pinto de Sousa.

No seu discurso de balanço do ano, o titular da pasta da Saúde sublinhou também os investimentos feitos há 13 anos, desde o fim da guerra em Angola, em infra-estruturas sanitárias, que permitiu a extensão do serviço nacional de saúde a todo o País.

O governante angolano destacou igualmente os avanços registados na erradicação da poliomielite, doença que há mais de três anos não é registada em Angola.

"Este é um presente de esperança para todos os angolanos, evidenciando que quando decididos e mobilizados somos capazes das mais difíceis e complexas realizações. Contudo, temos plena consciência da necessidade de manter uma elevada cobertura de vacinação e uma eficiente vigilância epidemiológica", disse o ministro.

O ministro realçou igualmente a inexistência de casos de cólera este ano no País, embora seja necessária atenção para o possível surgimento de casos, tendo em conta a época chuvosa, acompanhada do débil saneamento do meio.

"A concertação intersectorial deve pois fortalecer-se e atacar outras áreas de risco, como é o caso da raiva", apontou José Van-Dúnem.

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