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Oito grupos empreiteiros vão explorar petróleo no 'onshore' angolano

A Sonangol constituiu oito grupos empreiteiros para explorar petróleo em duas bacias terrestres do país, mas para as quais estavam inicialmente previstos 10 blocos, anunciou a petrolífera estatal em comunicado de imprensa.

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Em causa esteve um concurso para o 'onshore' com blocos para exploração de petróleo nas bacias terrestres dos rios Kwanza (sete) e Congo (três) que, segundo a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, podem representar mais de metade das reservas conhecidas do país, ou seja, pelo menos sete mil milhões de barris.

Os resultados do processo de licitação por bloco foram divulgados pela empresa pública, que constituiu grupos empreiteiros para os três blocos na bacia do Congo e para cinco dos sete colocados a concurso na bacia do Kwanza.

Foram definidos operadores para cada bloco, casos da Somoil (CON1, com mais oito empresas não-operadoras), EC & MDS (CON5, com mais quatro empresas), Sunshine (CON6, com mais oito empresas), Grupo Simples Oil (KON6, com mais seis empresas), Alfort Petroleum (KON8, com mais cinco empresas), AIS (KON9, com mais seis empresas) e Soconinfa (KON17, com mais nove empresas).

De acordo com a mesma informação da Sonangol, as empresas associadas, agora aglomeradas por bloco, terão ainda de assumir várias obrigações para poderem formalmente integrar os grupos empreiteiros, como a apresentação das garantias bancárias relativas ao valor do programa mínimo de trabalho e ao pagamento de um milhão de dólares por cada bloco em que participam.

Entre as 38 petrolíferas pré-qualificadas neste processo de licitação - que arrancou em Abril de 2014 - estavam, enquanto operadoras, as portuguesas Galp Energia e Partex, mas também empresas como a italiana Eni, a norte-americana Chevron ou a colombiana Ecopetrol, na mesma condição.

Contudo, nenhuma destas integra os grupos empreiteiros, por não terem apresentado propostas finais de licitação ou por exclusão do concurso.

Em entrevista à Lusa, em Luanda, a 29 de Outubro, o presidente da Partex confirmou que aquela petrolífera portuguesa não avançou para a licitação final devido aos custos de investimento e baixo preço do crude.

"Nós estávamos muito interessados, desde o início, mas com este ciclo de preços baixos, como os termos [do concurso] eram muito exigentes, os programas de trabalho eram muito exigentes, quer em termos sísmicos, perfuração de poços, na nossa análise económica e financeira, neste ciclo actual, não deu para passar esse tipo de projectos", disse, na ocasião, António Costa Silva.

No concurso para não-operadoras (as empresas minoritárias nos grupos empreiteiros a constituir por bloco) estavam pré-qualificadas, segundo informação da Sonangol, 47 empresas.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, produção que aumentou 12 por cento no primeiro semestre deste ano para mais de 1,7 milhões de barris de crude por dia.

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