João Lourenço teceu estas breves considerações na cerimónia de tomada de posse dos novos governadores das províncias de Luanda, Luís Nunes, de Benguela, Manuel Nunes Júnior, e dos secretários de Estado para as Finanças e Património das Relações Exteriores, Osvaldo Varela, e dos Direitos Humanos e Cidadania, Antónia Yaba.
O chefe de Estado destacou que Luanda é conhecida por ser a província mais populosa do país, "com todos os problemas que tem", como o abastecimento de água e de saneamento, regozijando-se com as melhorias no serviço de energia.
Segundo João Lourenço, felizmente alguns destes problemas começaram a ser resolvidos por Manuel Homem, que até Quinta-feira dirigiu Luanda.
O Presidente pediu a Luís Nunes, que deixou a liderança da província de Benguela, que dê continuidade ao trabalho que Manuel Homem desenvolveu "com muita coragem" num curto espaço de tempo, enquanto esteve à frente da província de Luanda.
Ao novo governador de Benguela, Manuel Nunes Júnior, ex-deputado à Assembleia Nacional, João Lourenço destacou a importância daquela região, entre outras razões por ser a província do "tão falado Corredor do Lobito".
"Falado internamente, mas também internacionalmente pela sua importância. Algumas das principais infra-estruturas deste Corredor do Lobito estão na província de Benguela, nomeadamente o Porto do Lobito, a sede do caminho de ferro", declarou João Lourenço, salientando também as suas potencialidades nos sectores das pescas e do sal, apelando a Manuel Nunes Júnior para que "preste atenção a isso".
"É igualmente uma província agrícola, como a grande maioria das províncias do nosso país, agricultura essa que também deve ser desenvolvida. Mas também, a exemplo de Luanda, é uma província industrial, que num passado recente decaiu muito do nível de produção industrial que conheceu no passado, mas que vem recuperando aos poucos e esperamos que algum dia venha a atingir os níveis que todos nós esperamos", sublinhou.
João Lourenço disse que Angola tem um vasto património espalhado pelo mundo, sobretudo imobiliário, que serve missões diplomáticas e consulares, que "precisa de ser melhor gerido", para servir convenientemente as embaixadas e o país.
"Portanto, lutar contra a degradação dessas infra-estruturas e procurar tirar o melhor aproveitamento possível delas", referiu.
Relativamente à questão da defesa dos direitos humanos, o Presidente frisou que este tema "sempre preocupou o executivo angolano", sendo Angola um país que teve "uma guerra bastante prolongada e devastadora, este aspecto da defesa dos direitos humanos numa situação de paz e de reconciliação entre os angolanos" também deve merecer a devida atenção.