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Angola está a recorrer à reforma regulamentar para aumentar a produção de recursos energéticos

Altos responsáveis de países produtores, como Angola, debateram esta Quarta-feira, numa conferência na África do Sul, como os recursos energéticos africanos contribuem para a segurança energética global e reformas regulamentares podem fazer do continente um destino de investimento competitivo. No caso de Angola, o país está a recorrer à reforma regulamentar para aumentar a produção e, segundo o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, alterou o modelo de governação do sector, introduzindo dois novos reguladores, bem como fez alterações nas leis e no regime fiscal.

: Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola
Facebook Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola  

No painel de debate de abertura da "Semana Africana da Energia: Investir na Energia Africana", a African Energy Chamber (Câmara Africana de Energia, na tradução livre, AEC, na sigla em inglês) referiu previsões de que "a procura global de energia aumente 27 por cento até 2040, com os combustíveis fósseis a representarem a maior parte do cabaz energético mundial para além de 2050".

Responder a essa demanda, referiu, exigirá suprimentos de energia alternativa, e África, com mais de 125 mil milhões de barris de reservas comprovadas de petróleo e 620 biliões de pés cúbicos de gás, "está posicionada de forma única para impulsionar os esforços globais de segurança energética".

Os intervenientes no debate, na conferência que decorre até Sexta-feira, na Cidade do Cabo, África do Sul, procuraram explorar "a forma como os recursos energéticos africanos impulsionam a segurança energética global" e reformas regulamentares que reforçam o ambiente de negócios, fazem emergir o continente como um destino de investimento altamente competitivo, como referiu o representante de Angola.

Angola está a recorrer à reforma regulamentar para aumentar a produção e, segundo o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Pedro Azevedo, alterou o modelo de governação do sector, introduzindo dois novos reguladores – um para o sector a montante e outro para o sector intermédio e a jusante – e também fez alterações nas leis e no regime fiscal.

O acelerar das explorações é também uma das principais prioridades dos produtores emergentes em África, referiu.

Os maiores produtores de combustíveis africanos, como Angola, continuam a investir fortemente na exploração e produção com o objectivo de aumentar a produção e as exportações, como salientou a entidade que organiza a conferência.

"Em 2024, a Nigéria lançou a sua última ronda de licenças. As grandes empresas de energia retomaram a exploração na Líbia, enquanto Angola se prepara para lançar a sua próxima ronda de licitações 'offshore' (em alto mar)", exemplificou.

"Estes esforços irão impulsionar o crescimento da produção em África, consolidando a posição do continente como fornecedor mundial", sublinha a African Energy Chamber.

"A Namíbia, por exemplo, é considerada por muitos como a maior zona de exploração de fronteira a nível mundial, com uma série de descobertas 'offshore' feitas desde 2022. O país tem como objectivo a primeira produção de petróleo na Bacia de Orange até 2029", recordou.

As empresas petrolíferas internacionais, como a Chevron, estão a conduzir uma abordagem multi-energética para gerar retornos elevados e desbloquear novas fontes de energia sustentável para África, concluiu.

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