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Economia

Banco africano quer apoiar desenvolvimento de Angola e tem 500 milhões para investir

O Banco de Comércio e Desenvolvimento da África Oriental e Austral está a trabalhar “em estreita colaboração com o Fundo Soberano de Angola, com o Ministério das Finanças e com bancos” para apoiar o desenvolvimento de Angola. Agricultura, energia, transportes, saúde e comércio são os sectores prioritários, cujo investimento pode chegar aos 500 milhões de dólares.

: Facebook Presidência da República - Angola
Facebook Presidência da República - Angola  

A informação foi avançada pelo presidente daquela instituição, Admassu Tadesse, após um encontro com o Presidente da República, João Lourenço, que decorreu esta Quarta-feira, em Luanda.

Em declarações à imprensa, citadas num comunicado da Presidência da República, a que o VerAngolta teve acesso, Tadesse informou que o banco "trabalha em estreita colaboração com o Fundo Soberano de Angola, com o Ministério das Finanças e com bancos no sentido de apoiar o desenvolvimento deste país".

Na ocasião, também salientou que a prioridade são os sectores da agricultura, energia, transportes, saúde e comércio, "num investimento que poderá orçar os 500 milhões de dólares".

Esta carteira de financiamento está inicialmente orçada em 500 milhões de dólares, mas pode vir a subir até mil milhões de dólares num horizonte temporal de cinco anos.

"Nós identificamos, em princípio, uma quantia de 500 milhões de dólares para iniciar em vários projectos e em várias áreas (...). Esta é a reserva inicial para Angola. Até os próximos cinco anos, esse valor poderá crescer até mil milhões de dólares", explicou Admassu Tadesse, em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA).

Quanto ao foco do investimento, o responsável disse que têm como alvo vários sectores, sublinhando que Angola tem "inúmeras potencialidades": "Nós vamos focar em vários sectores, porque Angola é um país com inúmeras potencialidades, desde (...) produção alimentar, petróleo refinado, gás natural, a energia (...) e sectores que vão sustentar a economia local, porque nós consideramos que Angola tem potencial para reduzir a sua dependência da importação e produzir as comodidades básicas para sustentar a sua economia e para que possa, então, obter a independência económica e poder produzir localmente aquilo que precisa".

"São inúmeras áreas em que nós podemos trabalhar com Angola (...)", acrescentou.

"Temos atenção ao desenvolvimento de vários projectos em Angola, incluindo alguns que estão ao longo do Corredor do Lobito, temos também olhado para projectos de desenvolvimento agrícola e no sector financeiro (...). São vários projectos que temos em vista já em Angola", disse, citado pela RNA.

Refira-se que o presidente do Banco de Comércio e Desenvolvimento da África Oriental e Austral iniciou, na passada Segunda-feira, uma visita de cinco dias a Angola.

Além do encontro com João Lourenço, outro dos pontos altos da sua visita a Angola – que decorre até Sábado – é a participação no Fórum de Negócios sobre oportunidades de financiamento, que se realiza esta Sexta-feira, em Luanda.

O fórum é promovido pelo Fundo Soberano de Angola e, além de Tadesse, vai também contar com a presença de José de Lima Massano, ministro de Estado para a Coordenação Económica, Vera Daves, ministra das Finanças, e Armando Manuel, presidente do Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola.

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