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Oxford Economics: Angola com inflação média de 28,1 por cento este ano e 19 por cento em 2025

A consultora Oxford Economics considerou esta Quinta-feira que a inflação em Angola deverá ficar nos 28,1 por cento este ano, abrandando para 19 por cento em 2025, na sequência da desaceleração dos preços que foi registada nos últimos três meses.

:  Angola Image Bank
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"Mantemos a nossa previsão de que a inflação vai continuar a abrandar durante o resto deste ano e em 2025, devido aos efeitos favoráveis de base e à redução das pressões provenientes dos preços globais das matérias-primas", escrevem os analistas do departamento africano da Oxford Economics.

Na nota enviada aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, sobre a evolução da subida dos preços em Angola, a Oxford Economics escreve que "o enfraquecimento da moeda nacional angolana no segundo semestre, para mais de 900 kwanzas por dólar, vai abrandar um pouco a desinflação em 2025", razão pela qual antecipam que a inflação vá ficar nos 28,1 por cento este ano e nos 19 por cento em 2025.

A previsão assenta num preço do petróleo de 72,6 dólares por barris e "um modesto aumento de 1,7 por cento na produção petrolífera em 2025, resultando num declínio de 2 por cento das exportações de petróleo em comparação com 2024".

Assim, concluem, a moeda nacional deverá valer, em média, 922,7 kwanzas por dólar em 2025, o que representa um enfraquecimento face aos 870 kwanzas por dólar este ano.

A inflação no país voltou a desacelerar em Outubro, situando-se nos 29,17 por cento, menos 0,76 pontos percentuais comparativamente a 29,93 por cento em Setembro, mas está ainda 12,59 pontos percentuais acima do valor observado no mês homólogo de 2023, segundo a Folha de Informação Rápida do Instituto Nacional de Estatística, relativa ao Índice de Preços no Consumidor (IPCN), que dá conta de tendência decrescente há três meses.

A "alimentação e bebidas não alcoólicas" foram as classes que mais contribuíram para o aumento do nível geral de preços com 1,01 pontos percentuais durante o mês de Outubro, seguindo-se os "bens e serviços diversos", a "saúde" e "vestuário e calçado".

Em Outubro, a taxa de inflação mensal foi de 1,55 por cento, o que representa uma desaceleração de 0,08 pontos percentuais em relação ao mês anterior, segundo a Folha de Informação Rápida.

A classe "Saúde" e "Hotéis, cafés e restaurantes" foram a que registaram os maiores aumentos de preços em termos mensais, com uma variação de 2,06 por cento.

Destacam-se também os aumentos dos preços verificados nas classes: "Vestuário e calçado" com 1,84 por cento e "Bebidas alcoólicas e tabaco" com 1,81 por cento.

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